Atividades ao livre
Neste bloco irei dar informações úteis e complementares dos guias turísticos que irei criar, de forma a informar de forma precisa tudo o que precisam de saber sobre as atividades ao livre que refiro.
Hiking e Trekking ou simplesmente pedestrianismo
Primeiro de tudo é importante distinguir o que é o Hiking e o Trekking, pois são frequentemente usado de forma errado. Hiking é uma atividade pedestre de curta duração, que não pressupõe a pernoita, é por exemplo um percurso que vamos fazer e voltamos no mesmo dia. Trekking é uma atividade pedestre de longa duração, pode ter a duração de um ou mais dias e pressupõe a pernoita em autonomia (acampar) ou semi-autonomia (abrigo de montanha).
Agora relativamente a percursos, comecemos primeiro a explicar o que é um PR e um GR e as características que podem ter, pois quando falo disto com amigos parece que falo Chinês.
Então vamos lá, um PR ou pequena rota, é um percurso pedestre marcado que tem uma extensão até 30 km. AS GR’s ou grandes rotas, são percursos pedestres marcados com uma extensão superior a 30 km de distância. Para elas existem sinaléticas diferentes que apresento abaixo:
As Pequenas Rotas têm a coloração amarela e vermelha, e as marcas podem assumir 5 formas diferentes, duas barras pararelas, que indicam que o caminho é correto, duas barras em formato de X, significa que o caminho que estamos a fazer não é o correto, é melhor voltar para trás e tentar encontrar a marca correta. A barra com seta para a esquerda, que indica uma mudança de direção para a esquerda, e a barra com seta para a direita, que indica o mesmo, mas para a direita.
Existe ainda uma quinta marca que são 3 barras, as mesmas vermelhas e amarelas, mas também uma branca, significa que aquele percurso integra também uma Grande Rota. É possível haverem pequenas rotas com troços comuns com grandes rotas e vice-versa.
Para as Grandes Rotas, os sinais são exatamente os mesmos que ditos anteriormente, mas assumem a coloração branca e vermelha.
Estas marcas podem estar em pedras, pintadas em árvores, paredes, em formato de poste com o sinal. Certamente que já se cruzaram com alguma, em alguma altura da vossa vida.
Para identificação das Rotas, existe sempre no momento de início, fim, ou de cruzamento com outro uma placa ou placard com os seguintes códigos PR(X) (YZ), que significa que ali se inicia, termina ou se cruza uma pequena rota (por isso de distância máxima de 30 km), com o número X, e com as letras designativas do ponto de interesse ou concelho.
O mesmo se verifica para Grandes Rotas, só muda o início, por isso GR(X)(YZ)
Agora referente às características, os percursos podem ter diferentes tipologias, circulares ou lineares. Os circulares são os que começam e terminam no mesmo ponto, e os lineares os que começam num ponto e terminam noutro diferente.
As distâncias podem ser variáveis, assim como a sua duração que está dependente também do factor do nível de dificuldade. Em PR’s e GR’s os níveis dificuldade dividem-se em 6 categorias , Fácil, Moderado, Moderado/Difícil, Díficil, e Muito Difícil ou Elevado.
O estado de manutenção destes percursos é assegurado supostamente pelo ICNF ou dos municípios, no entanto nem sempre a manutenção é feita e são por vezes os locais que acabam por reforçar as marcas para prevenir acidentes.
Segurança acima de tudo
É super importante o uso de calçado adequado, de preferência calçado bastante aderente, destacando as botas de caminhada, que ajudam na aderência ao piso e também na proteção do calcanhar, prevenindo lesões a nível do pé e tornozelo. As que utilizo atualmente são estas AQUI , e estou bastante satistifeita. Não vale a pena darem 40€ por um calçado de baixa qualidade, se forem praticantes recorrentes, porque o barato sai caro. Boas botas duram vários anos e podem ser a diferença entre vos salvar a vida ou não, sei do que falo.
Destaco ainda a importância de usar bastões de caminhada. São verdadeiros salva-vidas, e muitas vezes menosprezados, existem diferentes tipos consoante o uso, rectrácteis ou únicos, de vários tipos de materiais e pegas, mais leves ou mais pesados. Os bastões são uma importante ajuda a auxiliar sobretudo em descidas íngremes, e a retirar algum peso de carga das articulações dos joelhos, sobretudo para quem tem problemas como eu. Eu tenho os mesmos há vários anos, e já não existem no mercado, mas os equivalentes são estes AQUI (Atenção os preos são por bastão).
Destaco ainda a utilização de meias adequadas com alívio de pontos de pressão, costumo comprar as minhas na Decathlon, no entanto é importante que as experimentem e tenham em conta o diametro do vosso tornozelo e gemeo para que não vos corte a cirtculação. Se tiverem dúvidas podem consultar os vendedores da loja que irão aconselhar as melhores. Eu já trabalhei na área de desportos de montanha, manobras de cordas e campismo e posso dar uma ajuda via email ou formulário de contacto (na decathlon). As meias são fieis ajudantes também na prevenção de bolhas, muito vezes menosprezasas. No meu caso, é impossível não ter bolhas, mas ajudam imenso a atenuar, desde que descobri as meias certas. Há para homem e mulher .
E para mim um dos objectos mais importantes, a mochila, não vou para lado NENHUM sem a mochila às costas, devo ter umas 7, sendo que o mínimo que tenho é de 20L e o máximo 60L. Nos últimos tempos tenho utilizado um modelo que adoro, e que ajuda imenso na questão da respirabilidade, pois eu suo imenso, em qualquer ocasião, estando a andar com a mochila colada às costas, maior é a probabilidade. A minha já não existe à venda, mas a equivalente no mercado é esta AQUI.
A capacidade das mochilas deve estar adaptada ao percurso que vamos realizar. Não precisamos de fazer uma caminhada de 4horas com uma mochila de 40L, pois não é preciso andarmos com a casa às costas, no entanto há vários objetos que destaco como importantes ter no interior, e com so quais ando SEMPRE:
- Canivete suiço;
- Estojo de primeiros socorros;
- Garrafa de água, seja ela de que tipologia for (recomendo aluminio), ou bolsa de hidratação;
- Snacks leves, barras de cereais, chocolates ou algo calórico em caso de necessidade;
- Uma bússola (importante saber usar, não só para decoração);
- Um mapa em papel caso haja algum problema com o telemóvel (se o estiverem a usar);
- Pilhas ou bateria extra para GPS pedonal (caso o usem);
- Uma muda de roupa quente e compactável;
- Máquina fotográfica ou action cam com strap para prender à mochila e ter mãos livres;
- Lenços de papel, ou papel higienico e um saco de plástico para transportar o nosso lixo;
- Pedra de fogo(levo às vezes);
- Casaco impermeável ou poncho com alguma qualidade (não seja só plástico, caso contrário fará estufa).
E tão ou mais importante que ter isto na mochila é avisar SEMPRE alguém para onde vão e quando, pois em caso de emergência, têm sempre salvaguardado que alguém sabe e que estranhará se não regressarem à hora que estipularam.
Se preferir ver esta última informação em vídeo, tenho um vídeo em que falo em pormenor sobre esta questão.
Atividades aquáticas
Muito de nós já experimentou pelo menos uma vez na vida fazer kayak, ou canoagem, mas é importante clarificar o que são estes conceitos que não são frequentemente bem usados.
Comecemos pelo Kayak, o kayak é o mais vulgar de observar em locais de aluguer de embarcações deste género. É normalmente feito de um material semelhante a plástico (mas que não é), ou pode ser também insuflável.
Existem dois tipos (mais vulgares) de kayaks, os “sit on top” e os “sit inside.
Os sit on top, são tal como o nome indica, um kayak em que nos sentamos no topo, ou seja, tem uma zona de assento, com ou sem encosto de costas, e apoios em linha com várias alturas, onde colocamos os pés, e estamos sentados no topo.
Os sit inside são kayaks em que o cockpit é fechado, ou sej, da nossa cintura para baixo, o corpo está dentro do casco e são vulgarmente utilizados em águas rápidas. Neste tipo de kayak podemos ou não usar também um saiote que está ligado a nós e ao próprio kayak, impedindo que a água entre no interior durante as manobras. Este tipo de embarcação permite maior controlo dos movimentos, mas é também mais dífícil de manobrar e mais perigoso para iniciantes, caso este se vire.
Existem muitos outros tipos de kayaks, mas estes são os dois tipo que encontramos sempre em destinos que os têm para alugar.
2 thoughts on “Atividades ao livre”
Olá, conhecimento profundo adorei. Obrigado. Quando voltar por essas zonas vale apena conhecer a serra da cabreira. Vieira do Minho. Continuação de grandes descobertas e partilhas.
Fico feliz Paulo, obrigada pela leitura e comentário simpático ! Já está na lista:)