Conhecer uma aldeia mágica pelo Trilho de Pitões das Júnias
Este percurso é icónico uma vez que passa, na minha opinião, numa das aldeias mais bonitas do Parque Nacional Peneda Gerês, Pitões das Júnias. Uma aldeia situada a 1200 m de altitude. Este é um percurso de uma extensão curta, mas que não é adequado para todos, explico tudo neste artigo, vamos a isso?
O que precisa de saber antes de ir
- O percurso inicia-se no cemitério da aldeia de Pitões das Júnias e termina a meio da aldeia, mas a distância até ao cemitério é de aproximadamente 600m;
- No cemitério não irá encontrar nenhuma placa que indique que o percurso começa ali, mas confie;
- As marcas iniciais estão muito pouco visiveís, e existe em grande parte dos troços, alguma falta delas, no entanto eu explico tudo neste artigo para que o possa fazer em segurança;
- Não adequado para fazer com crianças pequenas;
- É imperativo que leve calçado confortável e adequado, o percurso tem algum desnível e troços com água sempre a escorrer, com pedras soltas;
- Se necessitar de se “aliviar” leve sempre consigo um saco de plástico ou papel e recolha o seu lixo. Não deixe papel higiénico nem lenços na natureza, a Serra está coberta de papel em todo o lado, e é muito triste e nada agradável. Se puder colher outro lixo que encontrar, ainda melhor;
- Respeite as regras gerais e de boa conduta de parque naturais, não colha vegetação, não enxote ou capture animais;
- No Verão use protetor solar pois o percurso é bastante exposto;
- No Inverno é possível encontrar o percurso coberto de neve, se não tiver experiência, deixe o percurso para outra altura, pois torna-se perigoso devido às pedras soltas e desniveís;
- Não construa mariolas, estas constribuem para que outros caminhantes se percam e destroem o habitat de animais ao movimentar rochas;
- Se estiver a chover ou nevoeiro, não faça o percurso, o tempo na serra muda em minutos, e se ficar nevoeiro, poderá deixar de ver o caminho, resultando em acidentes.
Qual a melhor altura para visitar?
Não existe propriamente uma altura perfeita para fazer este percurso, no entanto com neve não recomendo de todo, sobretudo na descida que vai em direcção ao mosteiro, tem muitas pedras soltas e há constantemente escorrência de água.
Recomendo a Primavera como a melhor altura, e no Verão com os cuidados inerentes a um percurso pedestre quase sempre exposto ao sol.
Características do percurso
O percurso é circular, são cerca de 4,600km de início (e fim), o cemitério de Pitões das Júnias. O percurso vai terminar oficialmente a meio da aldeia, mas terá que andar cerca de 600 metros até ao carro, fazendo dele, um percurso circular.
Este é um percurso sinalizado ainda que haja muita falta de manutenção das marcas.
O percurso tem alguns desníveis, tem troços de pedras soltas, que devem ser atravessadas com todo o cuidado, sobretudo nos pontos em que estamos a descer e em que o terreno está molhado.
A dificuldade é de nível fácil/moderado, mas isto pode alterar-se consoante o estado do tempo e a experiência.
O meu registo do percurso encontra-se abaixo, no entanto o perfil altimétrico não foi gravado, e deixo-o por isso na imagem seguinte.
Em relação à duração do percurso, esta é mesmo muito variável. Eu tinha visto antes de fazer o percurso, que o tempo de referência era de 1h a 1h30, no entanto devido ao facto de haver muitos locais em que as marcas necessitam de uma urgente manutenção, demorei mais tempo, além disso, aproveitei para apreciar a vista e tirar algumas fotografias e por isso demorei cerca de 2h10.
O que levar neste percurso?
Para toda e qualquer caminhada, quer seja curta ou longa eu levo sempre os mesmos artigos que constam numa lista que podem ler por AQUI. Com estes artigos comigo, estou sempre pronta, para toda e qualquer eventualidade.
Qual é o ponto de início do percurso?
O percurso inicia-se no Cemitério de Pitões das Júnias. Poderá simplesmente colocar o nome no google e navegar com auxílio do google maps ou se preferir colocar as coordenadas, são as seguintes: 41° 50′ 18″ N / 7° 56′ 47″ W
No cemitério há muito espaço para que possa estacionar o seu carro em segurança.
O percurso do início ao fim
Como já indiquei no ponto anterior, este percurso inicia-se no cemitério de Pitões das Júnias. Estacione o seu veículo e aí e prepare-se para a aventura. O percurso inicia-se nas traseiras do cemitério (é o edificio murado pequenino) e prossegue numa estrada calcetada. A primeira marca vai aparecer aí, logo ao início.
Siga em frente por essa estrada calcetada até chegar a uma interseção, que lhe indicará que para a esquerda tem o mosteiro, e para a direita a cascata. As marcas estão no muro, ainda que seja dificíl encontra-las para os menos experientes.
Viramos à esquerda e vamos encontrar poucos metros à frente, uma zona de cercado de animais, que pode ou não ter o portão aberto, mas não é aí que vamos entrar, vamos virar á direita, como nos indicam as marcas, para a descida com muitas pedras soltas e água corrente. Cuidado ao descer aqui. Se o fizer no Outono tenha cuidado extra, pois as folhas caídas são muito escorregadias.
Quando chegamos ao fim desta descida, encontramo-nos com o mosteiro, mas antes ouvimos a força do rio que nos acompanha, a mesa das “fadas” e a ponte mística.
Se desejar pode virar à esquerda e atravessar a ponte mas muito cuidado que ela está a apodrecer e é extremamente escoregadia. O percurso não segue por aí, por isso à direita vai ver um X que marca que o caminho não prossegue por aí.
Está neste momento num mosteiro em ruínas, irá encontrar uma placa grande a dizer que o edifício está em perigo eminente de cair, por se tratar de um edifício em ruínas. Eu passei o arco e arrisquei explorar, sem subir pedras nem me aproximar muito das paredes.
O edifício é simples, mas é lindissímo.
Após explorar o mosteiro, ou vê-lo de longe, volte para trás, pois o percurso segue caminho mesmo de frente para a ponte, numa subida íngreme à direita (foto abaixo).
Foi aqui que eu perdi imenso tempo, estive mais de 30 minutos a subir e a descer em todas as direções, pois para mim fazia sentido o percurso seguir para lá da ponte, ou para lá do mosteiro, mas não, temos que voltar para trás.
Subimos agora esta rampa murada, e a partir de agora as marcas estão bastante frescas e o caminho é muito intuitivo.
Seguimos caminho pelas marcas.
Chegamos a uma placa que nos indica que temos que virar à esquerda para acedermos à escadaria/passadiço de madeira que nos leva ao miradouro para a Cascata.
Seguimos para o passadiço de madeira, entre rampas e 204 degraus, é necessário descer com muito cuidado. O passadiço foi arranjado há pouco tempo, por isso agora está mais seguro, ainda assim devido à humidade e ao tempo mais fresco, a madeira molhada torna tudo mais perigoso.
Já no miradouro, temos vista para a parte superior da cascata de Pitões das Júnias.
DCIM\102MEDIA\DJI_0076.JPG
Depois de apreciar a vista, prepare-se pois agora vai ser sempre a subir… subir os degraus, e subir até à aldeia, ao longo de mais de 2km de subida. É aqui a parte mais exigente do percurso. Faça-o com calma, aproveite as vistas que o rodeiam, os sons da natureza, e os cheiros.
Quando chegamos à aldeia, vemos as ovelhas e as vacas a pastar, e a vida diária de quem vive do campo e do gado.
É ao fundo desta subida que encontramos a placa que diz “fim de percurso”, no entanto teremos que andar cerca de 600 metros para chegar ao estacionamento do cemitério.
A partir daqui não há marcas mas basta deste ponto vemos o cemitério lá no alto. Viramos à direita e percorremos a rua, e tornamos a virar à direita. Terminamos assim o nosso percurso.
Ainda em Pitões das Júnias
Se tiver algum tempo, deambule pela aldeia e veja algumas das paisagens mais bonitas do PNPG. Poderá ainda visitar o Ecomuseu Corte de Boi, o Centro Interpretativo, e o APDP. Poderão ler sobre estes locais AQUI.
Fica ainda a dica , que no Inverno este é um dos sítios onde melhor se pode ver neve, pois por ser alto as temperaturas são baixas. No dia em que fiz este percurso, início do mês de Novembro de 2020, o termómetro marcava -1ºC, e terminou o percurso com 2ºC.
Gostava de conhecer melhor outros locais do Parque Nacional Peneda Gerês?
O parque Nacional Peneda Gerês é MÁGICO! Eu tenho um guia aqui no blog, aliás foi o primeiro guia do blog, e é sem sombra de dúvida o guia mais lido. De momento ele está a ser atualizado com novos locais que conheci recentemente, mas podes lê-lo AQUI.
Onde ficar alojado para fazer o percurso e/ou visitar o Parque Nacional Peneda Gerês?
Dependendo do seu local de residência, pode optar por fazer uma escapadinha de um dia, ou ficar alojado num Hotel, alojamento local ou outro. Deixo-lhe alguns descontos que pode usar para marcar a sua escapadinha.
Poderá clicar AQUI e ter acesso a descontos de pelo menos 15% em alojamentos espalhados por vários locais do mundo. O que ganha se reservar por este link? Ganha descontos. Se paga mais? Não, irá pagar menos do que se reservasse através de booking.com . O que eu ganho com isso? Uma pequena comissão que me ajudará a ter o blog ativo e criar posts dos melhores locais do mundo, em full time.
Recomendo no entanto, se quiser visitar o PNPG, que opte por uma posição mais central no parque, por exemplo a aldeia comunitária da Ermida ou a Vila do Gerês. A partir deste ponto, está a meio caminho de qualquer uma das direções do parque.
Se preferir alugar um apartamento inteiro, pode optar pelo meu segredo número 1 para poupar quando não fico em campings, o AIRBNB. Tenho para vos oferecer um código que vos dá descontos. Se não têm conta no AIRBNB, basta clicarem AQUI, e registarem-se. Ao se registarem (somente por este link), recebem automaticamente 26€ para descontarem na vossa primeira viagem e/ou experiência. Após a vossa primeira viagem podem compartilhar o vosso código com familiares e amigos e receberem vocês também uma percentagem variável de acordo com o valor gasto na viagem.
Devo fazer ums seguro para fazer este género de atividade?
A resposta é sim, acidentes acontecem, recomendo o seguro da IATI, o IATI Escapadinhas. Este seguro deixou-me descansada sobretudo em relação ao meu veículo, uma vez que na minha viagem pela Serra, eu conduzi diariamente entre 2h30 a 4h30 de horas por dia em terreno de montanha.
Com o seguro da IATI, estive descansada, pois cobria o meu carro, a Covid-19, qualquer acidente que pudessemos ter, os meus animais de estimação, e o mais importante de tudo, atividades desportivas tudo isto por menos de 0,60€ por dia e por pessoa.
Poderão simular na minha caixa abaixo, onde terão acesso a 5% de desconto direto em qualquer seguro da IATI. O desconto só está disponível em simulações na caixa abaixo.
Iati segurosObrigada por teres lindo este artigo, se gostaste, coloca like, comenta e partilha! Ainda esta semana sairá vídeo sobre este percurso!