Guia Turístico – Açores – Ilha Terceira
Começa aqui mais um guia turístico para visitar o que de melhor tem Portugal. Visitei os Açores pela primeira vez em 2011, altura em que visitei quatro ilhas num período aproximado de 9/10 dias com a minha família. Tornei a visitar os Açores em 2018, com uma pessoa com quem mantive uma relação, mas nesta segunda vez apenas fui a duas ilhas.
Este guia pretende ajudar-te a planear a tua viagem ao arquipélago dos Açores, neste caso à Ilha Terceira. Publiquei anteriormente um guia completo sobre São Miguel, e podes ler AQUI.
Se preferires podes ver também em vídeo:
Como chegar aos Açores?
Para chegar aos Açores, é necessário ir de avião. A companhia que estará disponível, irá depender sempre do vosso ponto de origem, no entanto se viajarem de Portugal Continental, a companhia mais conhecida que opera nos e para inter-ilhas, é a Sata. Existe ainda há relativamente poucos anos, a Ryanair, empresa Low-cost.
Existe ainda o transporte marítimo, mas somente inter-ilhas, e está separado por linhas coloridas que se encontra abaixo. Podem saber todas as informações AQUI.
Como sair do aeroporto da Terceira?
Esta questão vai sempre depender do sítio onde ficarem alojados. Recomendo pedirem um taxi, ou se tiverem alugado carro com recolha no aeroporto, fazerem-no.
Tanto em 2011 como em 2018 recorremos ao serviço de taxi do aeroporto para o alojamento, e sempre correu bem. Em ambos os anos ficámos do outro lado da ilha (em relação à posição do aeroporto), por isso atravessámos a ilha de uma ponta à outra para chegar a ambos os alojamentos.
Qual a melhor forma para se deslocar na ilha Terceira?
A forma mais rápida e confortável para visitar esta e qualquer outra ilha dos Açores, é alugar carro. Aluguei carro através da plataforma Rentalcars e escolhi novamente a Rent-a-car Ilha Verde. O preço foi super económico ainda que tenhamos tido alguns problemas no levantamento do carro, pois era num espaço improvisado num hotel, por o espaço da rent-a-car estar em obras, e esperámos ainda algum tempo que aparecesse alguém pois os contactos móveis também não estavam disponíveis, o que não foi muito simpático da parte da agência, mas resolvível.
É importante ter em conta que o estacionamento na cidade é um caos, existem muitas zonas pedonais, o que reduz o espaço disponível para estacionamento, por isso é importante que a vossa escolha de alojamento tenha por exemplo garagem.
Existem também algumas empresas de animação turística que operam na ilha, fazendo circuitos turísticos organizados.
Onde ficar alojado na Terceira?
Em 2011 escolhemos ficar num hotel com meia pensão. O escolhido foi o Terceira Mar Hotel. Tem uma vista soberba sobre o mar, uma piscina de água salgada, e fica mesmo numa arriba, de forma a que se olharmos pelo muro do jardim, temos o oceano logo ali.
Poderá marcar este hotel através do Booking. Deixo-lhe alguns descontos que pode usar para marcar a sua escapadinha.
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Em 2018, escolhi alugar um apartamento pelo Airbnb, a minha dica número #1 para poupar em viagens, e sobre isso tenho um código de desconto para vos oferecer, podem ler AQUI.
A casa que escolhi para alugar era basicamente uma casa de apoio de jardim, que foi adaptada para um mini apartamento. Por fora era linda de morrer e super pitoresca, por dentro tinha algumas melhorias a fazer.
Eu que adoro dormir no campo passei um bocadinho mal nesta casa, porque a casa era coberta de heras e o lar de milhares de lagartos, que nos entravam pela casa TODOS OS DIAS. Os lagartos, e deduzo que também alguns ratitos, andavam entre orifícios no telhado e faziam barulhos muito assustadores durante a noite.
Mas o melhor da casa era sem dúvida a localização, ficava a 200 metros da Piscina Natural da Silveira. Se quiséssemos ir ao centro da cidade, em 20 minutos a pé estávamos lá. A nossa casa (foto acima) tinha uma rampa de acesso privada, onde estacionávamos o carro em segurança. A casa principal não estava habitada no momento o que conferia também privacidade.
Se ainda não tem conta do AIRBNB e gostava de fazer algumas simulações e até reservar, tenho para lhe oferecer um código que vos dá descontos. Basta clicar AQUI, e registar-se. Ao se registarem (somente por este link), recebem automaticamente 41€ para descontarem na vossa primeira viagem e/ou experiência. Após a vossa primeira viagem podem compartilhar o vosso código com familiares e amigos e receberem vocês também uma percentagem variável de acordo com o valor gasto na viagem.
Onde comer na ilha Terceira?
Mais uma vez, por uma questão de poupança, optei sempre por fazer pique nique, e jantar em casa. No entanto houve dois dias que escolhi almoçar fora. Encontrei um restaurante soberbo, que se revelou uma surpresa espectacular. O R3 fica na Praia da Vitória, tem um menu fechado, com opções vegetarianas (apesar de ser uma marisqueira, tem opções veggie) de fazer babar, mas tal não foi o meu espanto quando me perguntaram se queria deixar o chefe criar algo especialmente para mim, disse logo que sim. Perguntaram-me o que eu não gostava para que não incluíssem no prato e assim foi.
A comida estava SOBERBA, desde o prato, à sobremesa. O preço foi acessível face ao serviço e à qualidade. Voltaria certamente!
A arquitectura do espaço e a vista também são uma forte ajuda.
Em relação a todos os locais em que almocei em 2011 não me recordo dos nomes nem das localizações, por isso é díficil dizer.
Qual a melhor altura para visitar os Açores?
Não acho nunca que exista propriamente uma altura perfeita para ir a algum lado, uma vez que a motivação da visita influencia a escolha. Se por exemplo forem amantes de canyoning, a melhor altura é a meio da Primavera, altura em que a água já não está tão gelada, e o caudal das cascatas está ainda elevado devido ao que choveu e se acumulou no Inverno. Se o objectivo for banharem-se em cascatas, e fazer turismo mais de “praia”, a melhor altura é o Verão, no entanto é também a altura em que os preços estão mais elevados e há mais pessoas, o que retira um pouco a magia.
As ilhas dos Açores, têm uma característica, um micro clima específico, o que faz com que o tempo possa mudar em segundos, e no mesmo dia ver as quatro estações. Esta “instabilidade” é por vezes a razão de nos pontos mais altos as núvens estarem tão baixas que é impossível ver algo, mas por vezes só precisamos de ter paciência, e esperar, por vezes um segundo, faz toda a diferença, e o sol volta a brilhar com toda a força no céu descoberto.
Na ilha Terceira existem várias festividades durante o ano, podem ler tudo sobre elas AQUI.
Existe um número de dias perfeito para visitar a Terceira?
Eu estive cerca de 3 dias na Terceira em 2011 e 4 em 2018. O número de dias está sempre dependente do vosso ritmo. Eu tenho um ritmo rápido a ver cidades por exemplo, mas um ritmo mais lento em paisagens naturais. Gosto de me sentar e apreciar sem estar com pressa de ir a outro lado.
Se querem fazer praia/piscinas naturais, o número de dias ideal é de 5 a 6, a Terceira tem imensas piscinas naturais distribuídas pela ilha, e tem a praia da Vitória, que é muito agradável.
Se forem amantes de pequenas rotas, a Terceira tem algumas opções extraordinárias, falarei de uma pequena rota que fiz na Terceira e que certamente faria novamente.
A Terceira é uma ilha de formato oval, com uma dimensão pequena, e com pontos de interesse muito perto um dos outros.
Recomendações
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Recomendo sempre que viajarem a fazerem um seguro. Eu sou parceira da IATI seguros, e tenho por isso 5% de desconto direto para vos oferecer, em qualquer seguro, clica AQUI. Se comprarem diretamente pelo site o valor não terá este desconto. Para além de vocês ganharem o desconto, eu ganho ainda uma pequena comissão que me permite continuar a criar conteúdos para vocês.
O que visitar e fazer na ilha Terceira?
Apresento abaixo o mapa com todos os pontos marcados que irei referir neste guia. O mapa foi criado por mim com recurso a uma ferramenta da google.
Deixei o mapa na versão digital activo, para que possam navegar livremente nele e definir o que querem ver, e quando. Podem encontrar o mapa que criei AQUI. Se o partilharem peço por favor que refiram quem o criou.
Esta é uma forma de organizar as viagens que utilizo sempre, sobretudo para definir o que fazer e em que dias.
Miradouros
Miradouro da Serra do Cume
O miradouro mais conhecido da Terceira. Oferece duas vistas, uma mais virada para a zona da Praia da Vitória, e a principal, virada para uma imensidão de retalhos de terra, criados pelo homem.
A segunda vista pode ser apreciada de num deck que foi construído a “flutuar na falésia”.
Miradouro da Cruz do Canário
Este é um pequenino mas bonito miradouro com vista para os Ilhéus das Cabras. Tem o mar muito perto, por isso é possível ver as diferentes tonalidades do oceano, é lindo.
Miradouro do Pico das Cruzinhas
Este miradouro oferece uma vista panorâmica sobre toda a cidade de Angra do Heroísmo e tudo o que está no horizonte.
Fica no Monte Brasil e tem este nome pelo monumento histórico que se encontra no centro do mesmo. Sobre o Monte Brasil falarei mais à frente
Miradouro da Serra do Facho
Este miradouro fica no topo da Serra do Facho, à esquerda da praia da vitória (se estivermos virados para o mar). Oferece uma vista sobre a praia, e a serra de retalhos ao fundo.
O nome deste miradouro deve-se ao facto de nele ter sido mantida uma fogueira todas as noites, para que servisse de farol e ajuda aos navios que se aproximavam.
O miradouro abriga o Monumento do Imaculado Coração de Maria, (padroeira da cidade) iniciado em 1983 e inaugurado em 31 de Dezembro de 1999. A estátua possui 6 metros de altura, e está inserida numa estrutura de 16 metros de altura.
Miradouro da Serra de Santa Bárbara
Já lá estive por duas vezes, a primeira em 2011 e a segunda em 2018, nunca consegui ver a vista sobre a cidade. É o ponto mais alto da ilha, com 1021 de altitude. Por estar exposto costuma ser bastante ventoso, coberto por nevoeiro. Em ambas as vezes estava tão cerrado que era impossível ver algo.
Pelas fotografias que sempre vi de lá, acredito que a vista seja soberba, talvez um dia tenha a sorte de a ver, à terceira pode ser de vez.
Outros miradouros
Existem pela ilha muitos outros miradouros dos quais não fiz registos fotográficos na altura, mas que deixo abaixo, para possível visita com a respectiva zona onde se situam:
- Miradouro da Ponta da Serreta – Angra do Heróismo;
- Miradouro da Algoa da Fajãzinha – Praia da Vitória;
- Miradouro do Outeiro da Memória;
- Miradouro Maria Augusta Canário – Angra do Heroísmo;
- Miradouro dos Moinhos – Praia da Vitória;
- Miradouro do Adro Sato -Angra do Heroísmo;
- Miradouro Florestal do Monte Brasil – Angra do Heroísmo;
- Miradouro de São Bartolomeu dos Regatos- Angra do Heróismo;
- Miradouro das Vinhas dos Biscoitos- Praia da Vitória;
- Miradouro das Veredas – Angra do Heroísmo;
- Miradouro da Serra da Ribeirinha – Angra do Heroísmo;
- Miradouro da Ponta das Contendas – Angra do Heroísmo.
Piscinas naturais
Recomendo de uma forma geral para todas as piscinas abaixo indicadas, o uso de calçado de proteção, género sapatos de borracha, com uma sola relativamente dura, uma vez que todas as piscinas naturais ou baías têm rocha como solo. É importante que os sapatos tenham buracos para que a água possa sair e entrar naturalmente. Os sapatos irão proteger-vos sobretudo de cortarem e queimarem os pés.
Piscina natural da Baía da Salga
Esta é uma piscina/baía composta por uma zona de acesso direto ao mar e outra com uma piscina construída, que é cheia com água do mar.
No dia em que fui a esta baía com o intuito de ir a banhos o dia estava muito quente, o que se torna um problema quando a toalha está estendida em betão, que aquece muito rápido. O mar estava também muito revolto, o que tornava perigoso o acesso à água.
Esta piscina/baía tem bandeira azul e nadador salvador permamente na época balnear.
Piscina natural dos Salgueiros
Esta pequena piscina foi a mais calma que encontrei, em número de pessoas. Tem para mim a melhor particularidade em comparação com as que são somente de rocha e betão, têm sombras de árvores, e relvado, o que permite a pessoa aproveitar para estar deitado ao sol sem o calor do betão a queimar.
Piscina natural dos Biscoitos
Esta é para mim a mais bonita piscina natural da Terceira. Tem diferentes áreas, quer seja de piscinas em betão cheias de água do mar, a zonas abertas ao mar, a zonas mais ribeirinhas. Não cheguei a ir a banhos por lá mas estive lá pelo menos uns 45 minutos a ver os pequeninos peixinhos que dançavam em grupo na água límpida.
Recomendo o uso de máscara de snorkeling nesta piscina, mas somente nas zonas calmas, em que as ondas no mar não têm acesso, de forma a poderem estar com a cabeça debaixo de água de forma segura. Exitem peixes, caranguejos e outros animais fantásticos para observar nos nichos de rocha.
Piscina Natural da Silveira
Foi nesta piscina eu eu passei a maior parte do tempo, uma vez que ficava a 200 metros a pé do meu alojamento. É uma construção de betão, que ajuda a chegar (em partes) em segurança ao mar. A zona possui uma extensa zona de betão para estender as toalhas, sendo que este aquece com muita facilidade. Não há sombas nesta zona, apenas a sombra que se vai formando ao nascer e pôr do sol pelo alto muro. Para entrar na água existem umas rampas e corrimões, usem-nos pois o chão é extremamente escorregadio devido a acumação de algas e outras plantas marinhas.
Costuma existir ainda umas placas flutuantes usadas pelos aventureiros que adoram passar horas a saltar para a água.
Esta piscina tem um bar de apoio e nadador salvador.
Se escolherem ir a esta piscina levem a máscara de snorkeling, é incrível o número de peixes que habita mesmo na rampa de acesso à água.
Outras piscinas naturais da ilha Terceira
Para além das piscinas naturais que referi acima, existem ainda outras das quais não tenho registo fotográfico, são elas:
- Piscina Natural das Escaleiras;
- Piscinas Naturais de Porto Martins
- Piscinas Naturais da Salga;
- Piscina das Quatro Ribeiras;
- Piscinas Naturais da Serretinha ou Poças da Serretinha;
- Baía do Refugo;
- Piscinas de Porto das Cinco
Praias
Praia de Angra de Heroísmo
Esta pequenina praia, também conhecida como “Praiinha” tem vista previligiada para o Monte Brasil, e a única praia de Angra do Heroísmo, e uma de três (de areia) que existem em toda a ilha. Situa-se junto à marina da cidade.
Praia da Vitória e Cabo da Praia
A praia da Vitória é o areal mais extenso da ilha Terceira, e dá o mesmo nome à freguesia.
Tem junto à mesma um conjunto de restaurantes de pratos típicos, doces e petiscos que servem os visitantes e a população que lá reside.
Na imagem acima a praia da Vitória encontra-se assinalada com uma seta laranja, e a verde o Cabo da Praia. Esta é uma zona mais resguardada e pequena, com estacionamento gratuito. Tem ainda um bar de praia e nadador salvador.
Locais de interesse natural
Algar do Carvão
O Algar do Carvão foi o meu sítio preferido na Ilha Terceira. Em 2011 acabámos por não o visitar mas em 2018 foi o momento. A entrada é paga (vale cada cêntimo) e podem pesquisar todas as informações actualizadas AQUI.
Localiza-se em Porto Judeu, e é basicamente um vulcão desativado, onde podemos entrar e explorar, pois desenvolveu o ambiente de uma gruta com alguns morcegos cavernícolas (que infelizmente não vi).
Recomendo que levem um casaco (de preferência impermeável) pois lá dentro, sobretudo no corredor de acesso, faz fresquinho, e a diferença de temperatura para o exterior (que por vezes está muito quente), pode levar a quebras de tensão. No interior estão constantemente a cair gotas de água, daí a recomendação do casaco impermeável.
Tem na entrada alguns videos sempre a rodar sobre as espécies que lá habitam, uma souvenir shop, e algumas peças de museu natural.
Monte Brasil
O monte Brasil situa-se junto à cidade de Angra, e é um vulcão extinto, rodeado pelo Forte de S.João. É possível passar os portões, guardados por membros do exército e visitar a Reserva Florestal de Recreio do Monte Brasil.
Este espaço inclui uma panóplia de animais desde galinhas, a Gamos, aves exóticas entre outros.
Dispõe ainda de algumas peças museu de armas utilizadas na defesa do mesmo, e o miradouro do Pico das Cruzinhas.
Abriga ainda uma pequena rota.
Locais de interesse histórico
Impérios
Estas construções coloridas e com algum dramatismo, não passam despercebidas na paisagem da ilha. Conhecidas pelo nome de “Império”, existem cerca de 45 espalhados pela ilha.
“Império é a denominação do pequeno templo de tipologia única no panorama arquitetónico nacional onde, entre o domingo de Páscoa e os domingos de Pentecostes ou da Trindade, predominantemente, se venera o Espírito Santo na Ilha Terceira dos Açores. À volta dos Impérios desenvolvem-se durante vários dias as festividades do Espírito Santo, imbuídas de um ideal caritativo e compostas por um conjunto de cerimónias religiosas e profanas: a “coroação” do Imperador Menino, o desfile de cortejos e o bodo de pão e de carne. Estas constituem uma das tradições mais enraizadas na sociedade açoriana, a que estão associadas as festas populares por excelência na Ilha.” Autoria do excerto:Paula Noé, João Vieira e IHRU, IP
Museu de Angra do Heroísmo
Visitei este museu em 2011, na altura em que fui viajar em família. A minha mãe adora museus por isso tive que lhe fazer a vontade.
Tem diferentes tipos de exposições, deste exposições históricas tanto da ilha como do país, a esculturas e arte moderna.
Jardim Duque da Terceira
Este pequenino mas charmoso jardim, alberga diferentes espécies de plantas. Tem algumas peças de homenagem a “gentes” importantes e algumas estátuas. Para além do patamar inferior, ele foi construído em socalcos, e tem uma vista panorâmica no topo.
Gruta do Natal
Nunca visitei esta gruta nas minhas visitas aos Açores. Sou apaixonada por grutas, o que me leva a procurar grutas cada vez mais impressionantes visita após visita, seja em Portugal sem fora. Conheço algumas das maiores e mais impactantes grutas do mundo, de forma que conhecer a Gruta do Natal não me trazia nada de novo, é uma gruta pequenina, no entanto possui uma história por detrás.
A história diz-nos que esta já teve vários nomes como “Galeria Negra”, “Gruta do Cavalo”, mas foi a 25 de Dezembro de 1969, após a celebração de uma missa pelo Patriarca das índias, D. José Vieira Alvernaz, que ganhou o nome de “Gruta do Natal”, pela celebração neste dia.
A fotografia acima não é da minha autoria. Autor da fotografia All from Azores
Igreja da Misiricórdia de Angra de Heroísmo
Uma igreja lindissíma vista do exterior, com uma tonalidade azul que contrasta com os outros edifícios perto. Nunca entrei no seu interior.
Situa-se junto à marina da cidade.
Lagoas
Lagoa das Patas
Lembro-me de ter estado nesta Lagoa em 2011 e de ela estar cheia de água, a agua ia até às árvores, a cova que se vê agora seca na fotografia abaixo, estava repleta de água, e de patos.
Em Junho de 2018 encontrei-a assim, quase sem água, devido à forte seca que se fez sentir na ilha naquele Inverno.
É uma lagoa que tem uma zona circundante muito bem tratada, com mesas em cimento pintadas com amor em branco e azul, e um senhor com quem troquei dois dedos de conversa, que limpa todas as folhas e resíduos do chão como se a sua vida dependesse disso.
Lagoa do Negro
A Lagoa do Negro localiza-se na freguesia dos Biscoitos.
É uma pequena lagoa que se situa na zona da escorrência lávica do mesmo vulcão que formou a Serra de Santa Bárbara.
Abaixo da lagoa situa-se a Gruta do Natal que falei ao longo deste guia.
A fotografia acima não é da minha autoria, mas sim de Carlos Aguiar na galeria Olhares.
Experiências a não perder
Ir à queijaria Vaquinha
Fui pela primeira vez a esta queijaria em 2011 e apaixonei-me logo ali. O motorista do taxi que nos levou conhecia os donos, e pediu uma visita guiada. Vimos o processo, falaram-nos dos tipos de queijo e no fim deram-nos a provar. Rendi-me. Podem ler todas as infos atualizadas sobre eles AQUI.
Fomos depois conhecer os animais, estavam dois bois junto à cerca, que eu com amor apelidei de “Visconde” e “Edivaldo”.
Se por ventura chegarem num dia ou hora que não há visitas, podem simplesmente aproveitar a esplanada e comer um bocadinho de queijo. Quando lá voltei em 2018, pedi um bolo lêvedo com a minha variedade favorita de queijo, e ainda hoje me lembro daquele sabor….
Para infelicidade minha este queijo não se vende em hipers por cá, de modo que sempre que lá vou compro-o ao quilo e trago para casa… ou às vezes nem chega a casa de tão bom que é. O queijo é o único lacticínio que eu consumo (como vegetariana).
Provar bolo lêvedo
Provar bolo lêvedo.. não há como tentarem fugir dele, ele vai apanhar-vos. ..Eu sou uma ENORME fã de bolo do caco, mas o bolo do caco é originário da madeira e um dos seus ingredientes distintos é a batata doce. O bolo lêvedo é orginário dos Açores, e é uma versão doce, bem distinta, pois leva leite em pó na sua composição.
Como mais o gosto de comer é com manteiga, em torradas… só de pensar.. começo a babar-me. É óptimo igualmente com queijo tradicional. É sem dúvida algo a experimentar. Vendem-se em quase todos os supermercados em pequenos bolinhos.
Dá para perceber que o adoro pela foto acima não dá? Só tenho pena que em Portugal não se encontre sem ser por preços criminosos.
Fazer Whale Watching
Os Açores alberga dezenas de espécies marinhas e é o local de passagem de outras. Das duas vezes que visitei os Açores, fiz Whale watching, e apesar de não adorar experiência de andar em qualquer tipo de embarcação, é algo que eu acho que não se pode não fazer. Quase todas as ilhas têm este serviço, sendo que em algumas há maior probabilidade de avistamentos. Fiz pela primeira vez em 2011 no Faial, mas em 2018 fiz na ilha Terceira.
A primeira experiência foi para esquecer, só me lembro do meu irmão a vomitar para um lado e eu para outro. Nunca me senti extremamente confortável em barcos… acho que é pela fobia totalmente irracional que tenho a tubarões.. mas pronto na primeira vez o barco era grande, desta segunda este era praticamente um barco a remos…
É uma atividade um bocadinho dispendiosa, e que não garante que vejamos uma grande diversidade de espécies, no entanto existe um serviço de contacto muito eficaz. Sempre antes de cada saída para o mar, é usado um serviço de vigia que contacta com as empresas a operar na zona, dizendo se viram alguma espécie. Se não existirem avistamentos no dia do vosso passeio, o passeio é adiado.
Escolhi para esta segunda vez a Ocean’s Emotion, fica na marina de Angra.
No dia em que fui o céu estava muito nublado, o que é positivo em partes pelo calor, mas dificulta os avistamentos porque a água não tem o reflexo da luz do sol. No entanto avistámos cachalotes, golfinhos, uma baleia azul e uma tartaruga.
É um pouco difícil captar imagens quando tiramos fotos com uma máquina, filmamos com outra e pelo canto do olho tentamos descobrir as “pegadas” aquáticas deixadas na água, de sempre que vêm ao cimo respirar. Por isso não tenho muitas imagens deste dia.
Apesar de me terem dado um comprimido para eu não enjoar, julgo que me senti mais segura desta vez até, não sei bem explicar porquê.
Somos acompanhados por um skipper (condutor do barco com experiência) e uma bióloga experiente que nos vai dizendo curiosidades sobre os animais e passando informação.
Esta é uma atividade sustentável com regras muito específicas de bem estar animal, no que diz respeito à aproximação dos animais, reservando sempre uma distância de segurança de pelo menos 50 metros de grandes mamíferos.
Fazer pelo menos uma pequena rota
Já perceberam ao longo destes guias que eu tenho uma paixão pela natureza, e por isso não dispenso a realização de pelo menos uma pequena rota por viagem. Nesta viagem felizmente tivemos tempo e escolhemos fazer O Trilho dos Mistérios Negros (ou PRC01 TER), só tenho uma coisa a dizer, é espectacular! Contudo não é recomendado para todos, é de nível díficil.
Passamos por diferentes ambientes ao longo do percurso, a zonas com lagoas, a estradão, a termos que nos andar a baixar e a saltar por cima de tronco de árvores, a escalar rochas vulcânicas, e a “invadir” campos de vaquitas.
O PRC01 Ter – Mistérios Negros tem uma configuração circular, com 4,90km de extenção, de nível díficil e uma duração aproximada de 2h30, mas recordo-me que na altura, mesmo com várias paisagens fiz cerca de 2horas.
Não sei o que aconteceu a todas as fotografias e vídeos que fiz nesse dia, mas lembro-me de ter levado a go pro e não ter conseguido recuperar nenhum ficheiro.
Antes de fazerem QUALQUER pequena rota, leiam por favor este artigo que escrevi com todas as recomendações, ler AQUI.
Podem ler sobre todas as pequenas rotas oficiais da Terceira AQUI.
Provar um prato típico – Alcatra
Como vegetariana não provei este prato, mas ele é um prato típico da cozinha da Ilha Terceira.
O nome oficial é Alcatra à moda da Terceira, e a sua origem remonta para o ano de 1450. Podem ler toda a história deste prato AQUI.
A fotografia acima não é da minha autoria, é da autoria do Blog Buen Procecho.
Provar doces regionais da ilha Terceira
A Terceira tem diferentes doces típicos para os mais gulosos, são eles os Camafeus, as Cornucópias, as Filhozes de forno e os Papos de Anjo (versão da ilha terceira).
Não cheguei a provar nenhum pois não sou grande fã deste género de doces, mas é algo que devemos experimentar pelo menos uma vez.
Camafeus Cornocópia Filhós de forno Papos de Anjo
Visitar as furnas de enxonfre
Se a Terceira é a unica ilha que irá visitar, então terá mesmo que ir a este local. Eu não estive lá nem em 2011 nem em 2018, pois em São Miguel as furnas de enxofre são imponentes, e já as tinha visto por duas vezes. Contudo, esta é uma experiência obrigatória se esta for a única ilha a visitar.
A fotografia abaixo não é da minha autoria.
Nestas furnas existe atividade vulcânica, que liberta por fendas, um cheiro característico e forte a enxonfre, assim como um calor muito intenso entre 100 a 300ºC.
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Obrigada por leres! 🙂