Começa aqui mais um guia turístico para visitar o que de melhor tem Portugal. Visitei os Açores pela primeira vez em 2011, altura em que visitei quatro ilhas num período aproximado de 9/10 dias com a minha família. Tornei a visitar os Açores em 2018, com uma pessoa com quem mantive uma relação por vários anos, mas nesta segunda vez apenas fui a duas ilhas.

Este guia pretende ajudar-te a planear a tua viagem ao arquipélago dos Açores, começando por este guia, e pela Ilha de São Miguel, uma das ilhas mais visitadas e mais presente em guias de viagens internacionais.

Como chegar aos Açores?

Para chegar aos Açores, é necessário ir de avião. A companhia que estará disponível, irá depender sempre do vosso ponto de origem, no entanto se viajarem de Portugal Continental, a companhia mais conhecida que opera nos e para inter-ilhas, é a Sata e a Azores-Airlines. Existe ainda há relativamente poucos anos, a Rynair, empresa Low-cost.

O aeroporto de Ponta Delgada é relativamente pequenino, mas tem os serviços básicos.

Existe ainda o transporte marítimo, mas somente inter-ilhas, e está separado por linhas coloridas (as ligações).

Como sair do aeroporto?

Se pesquisarem a distância do aeroporto a Ponta Delgada irão concluir que a distância é super curtinha, no entanto não se deixem enganar, que o caminho até lá atravessa praticamente uma via rápida. Recomendo por isso pedirem um taxi, ou se tiverem alugado carro com recolha no aeroporto, fazerem-no.

Os taxis na ilha têm valores fixos para serviços, de forma a não haver aproveitamento dos turistas, como já aconteceu por exemplo na nossa Lisboa, em que com o taxímetro, o valor pode ser inflacionado. Fiz o transfer de taxi tanto da primeira vez em 2011 como em 2018.

Como se deslocar na ilha?

A forma mais rápida e confortável para visitar esta e qualquer outra ilha dos Açores, é alugar carro. Aluguei carro pela Rent-a-car Ilha Verde. O preço foi super económico para o tempo que estive na ilha e adorei o atendimento da senhora que nos fez o registo, o meu obrigado público à Verónica que foi incansável durante este processo. De salientar ainda que a empresa de rent-a-car- ficava a 1 minuto a pé do meu alojamento, mesmo na esquina da rua.

Apesar de ter escolhido alugar carro (2018), fiz o levantamento do mesmo apenas no segundo dia, uma vez que cheguei a meio da tarde a Ponta Delgada e para mim não fazia sentido alugar carro para aquele dia pois seria dia perdido. Escolhi por isso também visitar a cidade de Ponta Delgada.

É importante ter em conta que o estacionamento na cidade é um caos, existem muitas zonas pedonais, o que reduz o espaço disponível para estacionamento, por isso é importante que a vossa escolha de alojamento tenha por exemplo garagem.

Em 2011 eu ainda não tinha carta de condução e mesmo que tivesse seria algo muito recente, por isso nesta época escolhemos contratar um taxista. Em S. Miguel existe a opção de um roteiro pré programado, em que requisitamos o veículo e o taxista pelo período de um dia, e ele diz-nos o valor para o dia, sem o taxímetro ligado. Recordo-me que na altura pagámos uns 50/60€ por dia. O motorista levava-nos aos pontos de interesse e esperava por nós. Como era local conhecia os melhores horários para visitar todos eles. No entanto lembro-me de estar apavorada a viagem toda pois o nosso motorista conduzia com os joelhos, falava ao telefone e ainda escrevia numa agenda (enquanto conduzia). Imaginem as curvas em ravinas, era ir o tempo todo a rezar *risos*.

Onde ficar alojado?

Existem imensas opções de alojamento em S.Miguel, não só em Ponta Delgada, como em várias localidades da ilha. Na primeira vez que visitei S.Miguel ficámos num hotel bastante conhecido, mas um bocadinho longe do centro, o Hotel HF Fénix, um hotel muito bonito e com um pequeno almoço estupendo. Escolhemos esta opção na altura porque tinha uma promoção óptima.

Na minha segunda visita à ilha, em Junho de 2018, escolhi o Apart-hotel Solmar. Tal como já tenho vindo a dizer em outros guias, eu sou vegetariana, e por isso é um desafio conseguir comer em alguns locais, contudo poupamos centenas de euros se cozinharmos em apartamentos, e se fizermos pique-niques, até torna tudo muito mais especial na minha opinião. Optimiza ainda o tempo, sendo que não temos um sítio específico pensado para almoçar e jantar.

O apartamento era um estúdio super espaçoso e moderno, com uma kitchnet, uma casa de banho com imenso espaço , uma zona de quarto gigantesca, e para mim um dos melhores upgrades, a vista para o mar. O nosso apartamento era logo no primeiro andar, por cima de um supermercado , três restaurantes e pastelarias, e tinha uma mesinha na varanda onde comíamos todas as noites , com as luzes da cidade iluminadas.

O preço a pagar por 5 noites foi de aproximadamente 350€ na altura. O bloco de apartamentos tinha ainda uma garagem que podia ser alugada. Foi a opção perfeita para que o carro estivesse estacionado e não tivesse que estar constantemente preocupada com os parquímetros ou estacionar a 30 minutos a pé do alojamento. O estacionamento teve um custo adicional, mas super económico, julgo que paguei 25€ na altura pelos quatro dias.

Esta é a minha sugestão de alojamento e poderá marcar (esta ou outra) pelo Booking.

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Onde comer?

Como disse anteriormente, eu optei quase sempre por cozinhar no apartamento, contudo houve algumas excepções. Dois dias que petisquei num café que servia petiscos e refeições leves, mesmo no centro de ponta Delgada, chamado de Café Central Ponta Delgada. Está sempre à pinha e por vezes o serviço demora mas é um bom sítio para pestiscar, beber um copo ou comer um gelado.

O plano inicial era também jantar num famoso restaurante vegetarino chamado Rotas da Ilha Verde, mas é preciso reservar com pelo menos uma semana de antecedência, pois está sempre cheio, e tem algumas listas de espera, não foi possível desta vez, quem sabe numa próxima visita.

Existe ainda o icónico restaurante para amantes de carne, o Restaurante da Associação Agrícola. Para mim foi um bocadinho um suplício estar lá, pois vai contra tudo aquilo em que acredito, mas na altura a pessoa com quem fui comia carne, e fiz o esforço para que pudesse ter a experiência. Pedi uma omelete com batatas fritas, algo que não foio propriamente visto de bons olhos pelos senhores que serviam à mesa, pois não deve ser nada comum.

Qual a melhor altura para visitar os Açores?

Não acho que exista propriamente uma altura perfeita para ir a qualquer lado, uma vez que a motivação da visita influencia a escolha. Se por exemplo forem amantes de canyoning, a melhor altura é a meio da Primavera, altura em que a água já não está tão gelada, e o caudal das cascatas está ainda elevado devido ao que choveu e se acumulou no Inverno. Se o objectivo for banharem-se em cascatas, e fazer turismo mais de “praia”, a melhor altura é o Verão, no entanto é também a altura em que os preços estão mais elevados e há mais pessoas, o que retira um pouco a magia.

As ilhas dos Açores, têm uma característica, um micro clima específico, o que faz com que o tempo possa mudar em segundos, e no mesmo dia ver as quatro estações. Esta “instabilidade” é por vezes a razão de nos pontos mais altos as núvens estarem tão baixas que é impossível ver algo, mas por vezes só precisamos de ter paciência, e esperar, por vezes um segundo, faz toda a diferença, e o sol volta a brilhar com toda a força no céu descoberto.

Qual o número de dias perfeito para visitar São Miguel?

Eu estive cerca de 3 dias em São Miguel em 2011, e 4 dias e meio em 2018. O número de dias está sempre dependente do vosso ritmo. Eu tenho um ritmo rápido a ver cidades por exemplo, mas um ritmo mais lento em paisagens naturais. Gosto de me sentar e apreciar sem estar com pressa de ir a outro lado.

Se querem fazer praia/piscinas naturais, o número de dias ideal é de 6 a 7 dias. O mesmo se pretendem fazer pequenas rotas.

Muita gente passa 7 a 10 dias em São Miguel, para mim é demasiado, mas criem o plano sempre à vossa medida.

Recomendações

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Deixo outros descontos que podem ajudar a planear a sua viagem AQUI.

O que visitar e fazer na Ilha de São Miguel?

Apresento abaixo o mapa com todos os pontos marcados que irei referir neste guia. O mapa foi criado por mim com recurso a uma ferramenta da google.

Deixei o mapa na versão digital activo, para que possam navegar livremente nele e definir o que querem ver, e quando. Podem encontrar o mapa que criei AQUI. Se o partilharem peço por favor que refiram quem o criou.

Esta é uma forma de organizar as viagens que utilizo sempre, sobretudo para definir o que fazer e em que dias.

Lagoas

São Miguel é uma ilha, e por esse motivo, ao longo dos anos, como resultado da atividade vulcânica, acumulou-se água nas antigas crateras vûlcanicas, o que gerou nova vida. Destacarei em baixo as lagoas mais bonitas ou mais conhecidas da ilha.

Lagoa do fogo

A lagoa do fogo é para mim a lagoa mais bonita de São Miguel. Carrega nela uma paz especial. Esta é uma lagoa que pode ser vista de vários pontos, sendo o mais conhecido o da fotografia acima. Neste local existe um pequeno estacionamento para cerca de 5 veículos, mas por ser uma lagoa muito visitada, é normal ver filas de carros nas bermas da estrada. Para além deste local, tem ainda um pequeno topo à esquerda, mas que em termos de vista não acrescenta grande coisa.

Na fotografia acima, é ainda possível ver um pedaço de areia junto a uma zona arborizada, é a praia da Lagoa do Fogo. Existe um trilho que desce até lá abaixo. No entanto muito cuidado, pois é muito íngreme e escorregadio. Tenho o post a falar sobre trilhos, e dar todas as dicas, podem ler AQUI.

Esta é a lagoa mais alta da ilha, e por isso é comum que esteja coberta de núvens. Por vezes basta esperar um pouco, porque o tempo em S.Miguel, tal como em todas as ilhas dos Açores, pode mudar em minutos.

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Lagoa das furnas

A Lagoa das furnas fica na povoação das Furnas. É uma lagoa com alguma dimensão, rodeada de uma vegetação verde de perder de vista. Contém um fenómeno que chama milhões de turistas por ano, as manifestações vulcânicas. Junto a esta lagoa é possível observar zonas vedadas (por questões de segurança) onde vemos a água em eboluição, entre 100ºC a 300ºC. Estas pequenas fumarolas que vemos frequentemente a lançar fumo e com um forte cheiro a enxofre, foram aproveitadas, para a culinária. É frequente vermos amontoados de terra com um pedaço de madeira espetado, que indicam que naquele buraco na terra, existe algo a cozinhar. Trata-se do famoso cozido das furnas, que irei falar mais à frente neste guia.

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Lagoa das sete cidades

A Lagoa das 7 cidades é a lagoa mais conhecida da Ilha de S.Miguel e é considerada paisagem protegida.

É o maior reservatório natural de água doce (de superfície) dos Açores, com uma profundidade aproximada de 33 metros, e uma área que ronda os 4,40 quilómetros quadrados.

Conhecida por ter duas colorações distintas, uma mais azul e outra mais esverdeada, é dividida por um canal pouco profundo, com uma ponte que faz a união da estrada.

Esta é ainda uma zona de passagem de aves migratórias, muitas delas em perigo de extinção.

Para além da vista superior que deixa todos apaixonados, a lagoa é envolvida, numa zona mais baixa, a freguesia das 7 cidades, que tem também ela locais com interesse turístico. Na zona mais perto da ponte que faz a travessia,existem kayaks sit on top e slalom para aluguer, assim como pequenos barcos a remos, para que possam disfrutar de um momento ainda mais especial. O preço de aluguer é variável, e costuma estar num placard, à entrada.

A zona inclui ainda uma correntesa de edifícios, onde existe informação sobre esta zona, um restaurante e um snack bar.

A zona tem ainda uma igreja, a igreja de São Nicolau, presente na foto abaixo.

Lagoa das empadadas

A Lagoa das empadadas é uma lagoa que se encontra dividida por dois lençóis de água, mas pertencentes a duas diferentes crateras vulcânicas. É um sítio onde impera o silêncio. O cerco de árvores, e som dos pássaros torna o sítio arrebatador. Existe ainda no local o acesso a um miradouro mesmo no cimo da lagoa, no entanto não recomendo a quem tem menor condição física.

Se forem a esta lagoa em dia chuvoso, ou altura em que se acumulou lama, não tentem entrar pelo portão com o carro, a menos que tenham um jipe, pois vai derrapar e podem ter um acidente. Recomendo que estacionem junto ao portão, e façam a subida a pé.

Lagoa do Canário

A Lagoa do Canário é uma pequenina lagoa mas com o charme próprio das lagoas de São Miguel. Esta encontra-se situada na serra da Devassa, e partilha caminho com o meu miradouro favorito de sempre, o Miradouro da Boca do Inferno, que irei falar mais à frente.

Lagoa de São Brás

Esta pequena lagoa rodeada de árvores, tem uma zona que se assemelha quase a uma praia. A água de cor limpa convida a sentar na areia e apreciar a vista.

O único “inconveniente” é o caminho até lá, passamos por várias vaquinhas bebés ainda com o cordão umbilical pendurado, claramente para a indústria do leite. Estão presas por uma das patas a um espeto de ferro para que não andem mais de 2 metros em qualquer direcção. Uns 300 metros à frente estão as vacas adultas, provavelmente as mães, para que dêem leite sem prejuízo.

Lagoa de Santiago

A Lagoa de Santiago é uma pequenina lagoa, mas com uma robusta muralha de plantas e árvores. É a lagoa que se vê à esquerda, do meu miradouro preferido, o da Grota do Inferno.

Parques / Cascatas

Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões

O Parque Natural da Ribeira dos caldeirões é uma área protegida. Situa-se na frequesia da Achada, no concelho do Nordeste.

Este espaço abriga uma cascata conhecida, a Cascata da Ribeira dos Caldeirões.

O parque possui 5 moinhos, e a casa de um moleiro.

A entrada no parque é gratuita, e existe um parque de estacionamento mesmo à entrada. Aconselho a tentar chegar cedo pois costuma encher depressa.

O parque possui ainda um parque de merendas para pique-niques, uma loja de souvernirs e um snack-bar.

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Monumento Natural da Caldeira Velha

O Monumento Natural da Caldeira Velha tem duas principais atrações são a Cascata da Caldeira velha, e uma pequena poça que se encontra um pouco mais abaixo. No espaço existem pequenos vestiários para mudar de roupa.

A entrada é paga, 8€ por adulto e crianças entre os 6 e os 14 anos, 4€, para informações sempre atualizadas, pode ler AQUI.

Possui no parque um centro interpretativo que disponibiliza informação sobre a fauna e a flora da região.

Tem nas traseiras do centro interpretativo um espaço para merendas com acesso gratuito a casa de banho.

O espaço tem uma capacidade de carga de apenas 250 visitantes em simultâneo, por isso mais uma vez, é recomendado chegar cedo.

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Parque Terra Nostra

O Parque Terra Nostra é um parque icónico, e o jardim Botânico mais antigo do arquipélago dos Açores, todas as informações atualizadas sobre o mesmo AQUI.

Este é um parque com entrada paga. Atividades a não perder no Parque:

• Fazer o percurso pedestre de acordo com a estação do ano, na entrada na altura da compra do bilhete, é entregue um folheto com percursos. Estes percursos são de nível muito fácil e mostram um fantástico jardim botânico que vale mesmo a pena visitar;
• Relaxar no tanque de água termal, que se localiza ao início do parque. Este tanque tem água a 42ºC e é excelente para ser visitado em dias mais frios e de chuva, pois torna a diferença de temperaturas mais especial.

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Uma dica muito importante para o tanque de água termal, tal como todos os outros que existem na ilha, como por exemplo a Poça da Dona Beija, não usar fatos de banho de cores claras e que tenham alguma estima. Os minerais naturais da água mancham a roupa clara, e as manchas não saem. Existem na base do tanque uns pequenos cubículos para mudar de roupa e tomar um duche depois de visitar o tanque.

O parque possui ainda um Hotel, e um Restaurante.

Miradouros

Miradouro da Boca do Inferno

O Miradouro Boca do Inferno ou Miradouro da Grota do Inferno, o meu miradouro preferido nesta ilha. O acesso ao mesmo dá-se junto à lagoa do canário, é necessário fazer um percurso a subir entre degraus e estradões para chegar até ele, mas faz-se com todo o prazer, pois a vista, a vista merece…

Quando chegamos ao topo deparamo-nos com uma vista soberba sobre a lagoa das sete cidades e a lagoa de Santiago. Ao fundo, se as núvens estiverem baixas, parece que o miradouro vai até ao céu. Quando chegamos ao redondel final a vista abre-se entre as montanhas e a placa interpretativa ajuda-nos a identificar os locais. É especial, muito especial, pelo menos para mim.

Recomendo que vão cedo, pois como tudo, enche facilmente e com pessoas perde a magia.

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Miradouro Cerrado das Freiras

O Miradouro Cerrado das Freiras, é um pequeno miradouro situado do lado direito da descida em direcção à freguesia das Sete Cidades. Oferece uma vista panorâmica sobre as duas lagoas, e é neste ponto em que, dependendo da exposição solar, se consegue ver melhor a diferença de coloração destas duas lagoas.

O estacionamento neste miradouro é muito reduzido, por isso é comum ver carros em ambas as bermas da estrada. Por norma existem também neste local sempre alguns artesãos a vender doces típicos ou souvenirs.

Miradouro de Santa Iria

Este miradouro (como todos aqueles que estão virados para o mar), apresentam uma vista fantástica, não há como não gostar de contemplar aqueles contrastes.

Miradouro da Vista do Rei

O Miradouro da Vista do Rei é um miradouro relativamente recente, foi terminado de construir em 2018 (se não estou em erro). Oferece uma vista panorâmica de frente para a lagoa verde, numa perspectiva diferente das anteriores. As suas barreiras de segurança foram construídas de forma a harmonizar com a paisagem. Este é também o ponto de início de uma pequena rota. Tem por norma vendedores ambulantes, de gelado ou souvernirs.

O Hotel Abandonado – Monte Palace

O icónico hotel abandonado, que foi nos anos 90 o premiado Hotel Monte Palace, encontra-se atualmente abandonado. Foi um hotel de luxo que não resistiu e encerrou um ano e meio depois da abertura. É um dos locais mais badalados da ilha mas também dos mais perigosos. Foi entretanto invadido e está coberto de tags e graffitis. É um espaço que apresenta perigo de derrocada, existem sinais em todos os locais a recomendar que não se entre no mesmo.

Da primeira vez em 2011, não entrei, em Junho de 2018 analisei as condições e a solidez do edifício e resolvi tentar. Das varandas do Hotel temos uma vista soberba sobre a Lagoa, mas é no telhado que a vista é iluminada e lindissíma. Existem também alguns grafittis com gosto e qualidade.

Para aceder ao telhado é necessário ter alguma destreza, não é recomendado para todos.

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Miradouro do Lombo do Milho

O miradouro do Lombo do Milho fica relativamente perto das furnas, é um miradouro simples, mas bonito, sobretudo se o tempo não estiver encoberto.

Tem também um parque de merendas para pique-niques.

Miradouro da Ponta da Madrugada

Este miradouro tem uma vista linda sobre o mar. É um dos meus preferidos, conseguimos ver as diferentes colorações do mar junto às praias que existem lá em baixo.

O contraste do verde, com o azul e a cor da terra é linda. É perfeito para ficar sentada a ver o mar.

Piscinas naturais

Piscina Natural da Caloura

A piscina da Caloura foi uma surpresa. Pequenina mas com o seu charme natural. Tem uma piscina para bebés, e uma zona aberta para alto mar com acesso de escadas. A água é tremendamente gelada, mas vale a pena tentar mergulhar, se as condições do mar assim o permitirem. É de entrada gratuita, e não tem sombras. Recomendo a chegada cedo para haver lugar para colocar uma toalha.

Piscina Natural da Ponta de Ferraria

A piscina natural da Ponta de Ferraria encontra-se situada numa zona peculiar. Na zona predominam rochas negras de origem vulcânica. Este espaço é composto por uma zona de miradouro, um edifício onde estão piscinas artificiais, um spa e snack bar, e uma zona à esquerda, com degraus e acesso ao mar, a piscina natural da Ferraria.

O acesso a esta zona requer um carro com alguma potência pois a descida é muito íngrime

Poça da Dona Beija

A Poça da Dona beija é um tanque muito semelhante ao que falei anteriormente, do Parque Terra Nostra. A água no interior está a 42ºC, o que dá uma enorme sensação de relaxamento e conforto, sobretudo em dias mais frescos e chuvosos. A entrada tem um valor associado, e pode ser consultada AQUI.

A primeira vez que visitei os Açores este local ainda não existia, e em 2018 devido a contratempos acabei por não chegar a conhecê-lo pessoalmente.

Recomendação de usar fatos de banho de cores escuras e que sejam mais “velhotes”, assim como toalhas, pois devido aos minerais naturais, a água mancha toda a roupa.

Saltos

Salto da Farinha e Salto do Cabrito

As fotografias abaixo não são da minha autoria. Estes dois locais estavam previstos na minha viagem, mas devido a uma alteração do estado do tempo repentina, acabou por ser cancelado, nao havendo nova oportunidade.

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Experiências a não perder

Ver uma plantação de ananases

Não dá para ir a São Miguel e não conhecer as estufas de Ananases. Recomendo visitar a estufa “A Arruda”, poderão ver mais informações AQUI. Ao entrar recebemos um panfleto que nos indica que estufas devemos visitar e por que ordem. Iremos ver o tempo (é mesmo imenso) que um ananás demora a crescer, e maturar para que chegue à nossa mesa. O espaço dispõe de uma loja de souvenirs e um pequeno snack bar onde podemos degustar produtos de ananás, sumos, ananás ao natural

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Visitar uma plantação de chá

Visitar uma plantação de chá, é o segundo must-do dos Açores. A paisagem das plantas de chá milimétricamente ordenadas é espantoso. Existem duas principais plantações de chá em S. Miguel, a Gorreana, e a Porto Formoso. Na minha opinião vale a pena visitar ambas, sendo que 90% das pessoas visita apenas a Gorreana.

A visita ao espaço é gratuita, e podemos andar livremente e acompanhar os trabalhadores dos diferentes processos de secagem de folhas.

No caso da Gorreana, na zona da Cafetaria existem chávenas e bombas de chá sempre pronto, e gratuito, para experimentar. Ao canto do espaço existe uma loja para poder comprar todos os saquinhos de chá que desejar.

Na fábrica de plantação de chá Porto Formoso, a visita é guiada, e no final é oferecido à mesa uma chávena de chá para desgustar. Esta fábrica tem também um pequenina loja para comprar todos os saquinhos que desejar.

Se por ventura mudar de ideias e não conseguir comprar o chá na fábrica, existem em todas as lojas de souvenirs estes saquinhos, ou em hipermercados como o continente. Recomendo no entanto o apoio directo e local ao produtor.

Provar bolo lêvedo

Provar bolo lêvedo.. não há como tentarem fugir dele, ele vai apanhar-vos. ..Eu sou uma ENORME fã de bolo do caco, mas o bolo do caco é originário da madeira e um dos seus ingredientes distintos é a batata doce. O bolo lêvedo é orginário dos Açores, e é uma versão doce, bem distinta, pois leva leite em pó na sua composição.

Como mais gosto de o comer é com manteiga, em torradas… só de pensar.. começo a babar-me. É óptimo igualmente com queijo tradicional. É sem dúvida algo a experimentar. Vendem-se em quase todos os supermercados em pequenos bolinhos.

Só tenho pena que em Portugal continental não se encontre sem ser por preços criminosos ou com uma qualidade muito fraca.

Ver uma galeria de arte a céu aberto

Ver os pontos de arte criadas pelo Vhils na freguesia de Rabo de Peixe, é imperdível. Eu infelizmente não tive esta oportunidade, por um contratempo, mas existem pelo menos 3 trabalhos do artista nesta freguesia. De notar que a fama da freguesia precede-a um pouco, é uma zona pobre da ilha de S. Miguel. A fotografia abaixo não é da autoria da Boo Traveller, foi tirada do site do próprio artist Vhils, onde se encontram outras obras do artista, ver AQUI.

Comer um cozido à Portuguesa feito nas furnas

Comer um cozido à portuguesa, confeccionado nas furnas é outro dos must-do’s da ilha, para os amantes de carne é claro.

Lembro-me que a primeira vez que fui a São Miguel com a minha família, tivemos esta experiência e eu na altura não adorei, mas pelo facto de eu nunca ter achado grande piada ao cozido português, preferir o cozido à alentejana, uma versão um pouco diferente, com sopas de pão, ainda que nunca comesse a carne.

Este cozido é especial pois é cozido nestes buracos criados na terra. O cozido fica horas a cozinhar com recurso ao vapor que a terra emana. É necessário encomendar nos restaurantes da zona, com hora marcada. Caso não consigam marcar com antecedência, podem sempre tentar a sorte, ainda que haja uma baixa probabilidade de ser possível servir.

O cheiro é peculiar, cheira bastante a enxofre, mas é muito apreciado pelos turistas.

Fazer Whale Watching

Os Açores alberga dezenas de espécies marinhas e é o local de passagem de outras. Das duas vezes que visitei os Açores, fiz Whale watching, e apesar de não adorar experiência de andar em qualquer tipo de embarcação, é algo que eu acho que não se pode não fazer. Quase todas as ilhas têm este serviço, sendo que em algumas há maior probabilidade de avistamentos, e por isso nunca fiz em São Miguel.

É uma atividade um bocadinho dispendiosa, e que não garante que vejamos uma grande diversidade de espécies, no entanto existe um serviço de contacto muito eficaz. Sempre antes de cada saída para o mar, é usado um serviço de vigia que contacta com as empresas a operar na zona, dizendo se viram alguma espécie. Se não existirem avistamentos no dia do vosso passeio, o passeio é adiado.

Ilhéu de Vila Franca

Fazia parte dos meus planos iniciais, na viagem de Junho de 2018, mas por contenção de despesas não aconteceu. Existem empresas que fazem o transporte a partir da freguesia de Vila Franca, mas somente durante a época balnear. Para mais informações, clicar AQUI.

É um local lindo para ir a banhos e explorar, ainda que a escarpa perigosa, só seja indicada para pessoas com experiência.

Quanto custa uma viagem desta natureza?

Ao contrário do que muitos possam pensar, viajar “cá dentro” é mais caro muitas vezes que ir para fora, não pretendo dizer com isto que não devemos ajudar as nossas economias locais, é apenas uma constatação de factos. Desde que os Açores se tornaram um destino reconhecido internacionalmente que os preços dispararam. Não tenho valores exactos do que pagámos em 2011, mas tenho uma ligeira noção que daria para pagar uma viagem para os 3 durante um mês à Tailândia, organizada por mim é claro….foi um absurdo, recorremos a uma agência dessa vez.

Em 2018 tenho mais ou menos as contas registadas, e estas foram as despesas:

• Voo Lisboa-São Miguel -> São Miguel-Terceira -> Terceira- Lisboa: 415€;
• Uma mala de porão: 20€/2
• Alojamento (apart-hotel): 324€/2
• Aluguer de lugar na garagem: 25€/2
• Aluguer de carro com gps e seguro: 134€/2
• Combustível: 30€/2
• Supermercado: 200€/2
• Restaurantes, snacks e bebidas: 60€
• Souvenirs: 15€

Todas as notas que têm X/2 é por ser uma despesa a meias, o valor é o total, e não o que cada um pagou.

Termina aqui este guia. Se tem alguma dúvida acerca das informações colocadas, ou se acha que algo podia ser acrescentado ou melhorado, basta enviar uma mensagem no formulário de contacto, ou enviar email para bootraveller@gmail.com

Obrigada por leres 🙂

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