Tudo o que precisas de saber para ir ao Passadiços do Paiva

Tudo o que precisas de saber para ir ao Passadiços do Paiva

Já fui por duas vezes aos Passadiços do Paiva, a primeira em Maio de 2016 e a segunda em Outubro de 2018.

Na primeira visita que fiz senti que não existia ainda muita informação disponível, o que tornou a experiência um bocadinho “infernal”.

Criei por isto este post com todas as dicas que tenho para que a tua experiência seja fenomenal!

Irei criar também para breve um guia completo de Aveiro + Serra da Freita, para que possam visitar mais locais na zona do Geoparque.

Mapa

Mapa dos Passadiços do Paiva, retiro do site oficial

O mapa acima é o mapa do percurso. O percurso tem duas entradas, Areeinho e Espiunca.

Este é um percurso linear, com uma extensão de aproximadamente 8,700 km. O nível de dificuldade depende do lado escolhido para iniciar, mas é divulgado como Alto.

A duração é de aproximadamente 2h30, o que está sempre dependente do número de paragens, do tempo entre elas, e do ritmo de andamento.

Esta é caracterizada como um pequena rota, por ser inferior a 30km de extenção.

A sua manutenção e gestão cabe ao Município de Arouca

Como chegar?

Existem várias formas de lá chegar, a ideal é de veículo próprio, e de preferência com dois carros, para o caso de só quererem fazer um dos lados do percurso. Se não tiverem a opção dos dois veículos, ou não os quiserem levar, existem por norma contactos de taxi em cada um dos extremos/entradas que vos pode levar à ponta oposta onde têm o vosso carro, ou se quiserem para qualquer outro lado.

As coordenadas para chegarem a cada um dos lados encontram-se abaixo:

Espiunca
40°59’34.67″N    8°12’41.19″W

Areinho
40°57’9.68″N    8°10’33.05″W

Escadas a subir na entrada do Areeinho, Maio de 2016

Existem várias empresas que fazem este transporte e até organizam estes passeios, uma curta pesquisa na internet, despulta várias ofertas.

Qual a melhor altura para visitar?

Entrada dos passadiços, Areeinho, Maio de 2016

A melhor altura é na primavera, ou no início do Outono, e o motivo é simples. O percurso é feito maioritariamente ao sol, e não tem sombras. Sobretudo na zona de escadaria, que é a mais exigente, o sol queima e não torna confortável o percurso.

Eu visitei a primeira vez em Maio, e já estava muito calor naquela altura, e eu fiz os 18,400 kilometros, pelo lado mais dificíl, por puro desconhecimento.

A segunda vez em Outubro a temperatura estava perfeita, não estava muito calor mas também não estava chuvoso!

No site é anunciado que é indicado para todo o ano, na minha opinião não o é, sobretudo no pico do verão, no inverno por exemplo não recomendo que o façam com chuva, pois pode ser perigoso nos degraus.

Tem algum custo?

O custo para visitar depende da época, as épocas são divididas entre alta (período entre 1 de Abril e 31 de Outubro), e baixa ( período entre 1 de Novembro e 31 de Março). O valor para a época alta é de 2€ para compras pelas internet e de 4€ para compra no local. Na época baixa o valor é de 1€ para compra online e 2€ para compra no local. Aconselho que a compra de bilhetes seja feita com antecedência e pelo site, poderão ver as datas disponíveis AQUI.

Durante o tempo de pandemia é apenas possível visitar os passadiços com bilhete pré comprado.

Este valor é na minha opinião muito barato face à manutenção e investimento no espaço , sobretudo porque no verão é constantemente fustigado pelo fogo. Vale todo o investimento.

Crianças com menos de 10 anos de idade não pagam.

Início de subida das escadas pela entrada do Areeinho, Maio de 2016

Aconselho vivamente que sejam comprados os bilhetes com antecedência (após fim de pandemia) pois os passadiços têm uma capacidade de carga máxima, e chegam diariamente autocarros cheios de pessoas para os fazer, sobretudo na altura de melhor tempo.

Quando é comprado um bilhete para um determinado dia, não é possível fazer alterações, por isso é importante ter a certeza que é aquele mesmo dia que pretende ir.

Como é feito o controlo dos bilhetes?

O controlo é feito por seguranças. Existe uma casinha de madeira logo ao início da entrada de Espiunca, com um senhor que vos irá pedir o bilhete e com um leitor de QR cod, ler o código. No sentido contrário, a casinha só está após a escadarias iniciais, e o processo é o mesmo.

O uso de máscara no controlo dos bilhetes, acesso á wc ou cruzamento com grandes grupos, é obrigatório, de acordo com as normas publicadas pela entidade.

É um percurso para todos?

Este percurso pode ser feito para todos os que tenham alguma condição física.

A meio da descida pela entrada do Areeinho, Maio de 2016

Pode ser realizada por crianças mas estas nunca devem deixar de ser supervisionadas, existem vários trechos do caminho com espaço entre a rocha e o passadiço, onde cabe facilmente uma criança, e cai de uma altura muito alta. Os carrinhos de bebé não são permitidos no percurso.

Não recomendo a pessoas com fraca condição física sejam de que idade forem, a menos que assumam que não irão fazer a escadaria, por exemplo iniciar em Espiunca, e ir quase até ao fim do percurso, e assim que chegam às escadas, voltar para trás.

Não é permitida a presença de animais de companhia ainda que com trela.

Pessoas com patologias cardíacas ou fumadoras devem ter cuidado. Na segunda vez que fui, levei a minha mãe e tínhamos que parar muitas vezes na zona das escadas, pois o esforço é enorme. Se não for respeitado o ritmo, o corpo pode dar um alerta mais perigoso.

Porque lado devo iniciar, Espiunca ou Areeinho?

Esta questão é respondida com outra pergunta, pretende fazer apenas um sentido, ou ambos?

Escadaria, Maio de 2016

Se pretender apenas fazer num sentido recomendo que inicie no Areeinho. Esta entrada tem um bar de média dimensão com esplanada, dispõe de balnearios para apoio de atividades de animação turística (Rafting sobretudo), e casas de banho gratuitas.

Se pretender fazer ambos os sentidos, ou seja começar numa ponta, ir até ao fim e voltar, recomendo que comece em Espiunca, porque na volta, as pernas já estão muito cansadas para as escadas. O maior número de degraus para subir é sem dúvida no sentido Espiunca-Areeinho, por isso é melhor fazer no primeiro percurso o maior número de escadas, descer a de menor número, chegar ao Areeinho , descansar e depois subir as de menor número e descer as de maior número. É tudo uma questão de gestão de esforço.

Afirmo isto por ter tido a ideia de iniciar no Areeinho e depois de 4horas a andar subir o maior troço de degraus… É uma verdadeira aventura que devia via acompanhada na música do Rocky Balboa “eye of the tigger” *risos*, mas faz-se, com o pulmão a sair pela boca!

No caminho há pontos de interesse que não podemos perder?

Sim! Estão assinalados ao longo do percurso vários pontos com interesse natural. Sobretudo em locais de paragem que têm uma espécie de mini miradouro, existem placas informativas sobre os locais, a fauna ou a flora.

Um dos miradouros superiores, Maio de 2016

Eu não tive a oportunidade de a ver terminada, mas assisti ao início da sua construção, a maior ponte pedonal suspensa do Mundo. De momento ainda não está terminada, falou-se incialmente em início do Verão, depois Outono, mas ainda não há data para a abertura, sabe-se somente que o custo de bilhete será de 12€. Ainda não foi divulgado o local para compra dos bilhetes uma vez que esta ainda não abriu. A 175 metros do rio, e com um comprimento de 516 metros.

Fotografia da maior ponte suspensa do mundo. Fotografia da autoria de AVEIRO LOVERS

Eu pessoalmente não sei se terei coragem para a atravessar um dia, porque estas pontes costumam ser muito instáveis, não em termos de estrutura, mas basta um saltito de outra pessoa para aquilo abanar.

Durante o percurso nos passadiços existem 3 praias fluviais, umas de maior dimensão que outras, para quem queira parar e refrescar-se.

Existe junto a uma das praia fluviais, uma mini ponte suspensa, que pode ser uma boa iniciação, para a maior, ainda que em dimensão seja muitissímo mais pequena.

Ponte suspensa mini a meio do percurso, Maio de 2016

Os passadiços são ainda pontos de cruzamento com uma Grande Rota.

De quem faz o percurso sentido Areeinho – Espiunca, ao cimo das escadas depara-se com a cascata das Aguieiras, óptimo para comtemplar e ganhar fôlego para continuar.

Já depois das escadas, cascata das Aguieiras, Maio de 2016

Poderás ainda encontrar a Praia Fluvial do Vau, a Gola do Salto e a Falha de Espiunca.

Existem no percurso pontos para relaxar na esplanada e beber um refresco ou comer algo?

Não. Existem apenas dois bares em cada um dos acessos aos Passadiços, durante o percurso não existem outros estabelecimentos, por isso é importantissímo levar água e snacks para o percurso. Falo sobre aquilo que é indispensável para mim em trekkings AQUI.

Existe ainda um bar a meio, mas nunca o vi aberto de ambas as vezes.

Que outras atividades para além de caminhar se pode fazer na zona?

Os passadiços do Paiva, ganham nome pelo rio que atravessa e nos acompanha em todo o percurso. A Garganta do Paiva, sobretudo no fim do outono, enche-se de água, devido às chuvas e ganha uma força incrível, o que é óptimo para a prática de desportos como o rafting.

Rafting no Rio Paiva, fotografia não é da minha autoria, é da autoria do Arouca GEOPARK

Onde devo estacionar o meu veículo?

Outubro de 2018

Se pretender fazer um sentido tem duas hipóteses, deixar o carro no topo do estacionamento, ou seja, quando estamos na estrada do Geopark, existem várias placas a apontar para a entrada de Areeinho e que a certo ponto apontam para um estacionamento, uma zona aberta, com alguma dimensão e criada para o efeito. Se resolver estacionar em cima, acrescente 1km de percurso íngreme aos 8,400km. Se pretender, pode aventurar-se e descer com o carro até à praia do Areeinho, ainda que haja lugares limitados e a descida seja íngreme. No caso do parque estar cheio (o de baixo), é subir novamente e estacionar no parque superior. Após estacionar vai ser visível uma placa que indica “café e wc dos passadiços ” apontando para um caminho no meio do pinhal. Irá descer durante mais ou menos 1 km, não estranhe. Pelo caminho estão umas tábuas na madeira na vertical sem qualquer indicação. Lá em baixo é a praia fluvial do Areeinho, lugar onde existe um pequeno bar com esplanada e wc. É lá que está o km 0. Os passadiços começam junto à praia fluvial e não existe controlo no km 0.

Quando chegar a Espiunca, é só ligar para a empresa de taxis, que irão buscá-lo num instante, ou se tiver sorte, por vezes já lá estão alguns à espera.

Se pretender fazer os dois sentidos, existe um estacionamento de pequena dimensão na entrada de Espiunca, poderá deixar o seu carro aí, em segurança e não obstruindo a passagem de outros veículos.

Informações importantes sobre o percurso

  • Na entrada do Areiinho, após mais ou menos 1km, existe uma estrada aberta a carros, deverá ter-se cuidado ao atravessar, é aí que vão começar os primeiros lanços de escadas;
  • Uma vez que começa os passadiços só é possivel sair do percurso no inicio, no final, e ao centro;
  • Existem 3 telefones S.O.S. ao longo do percurso que deverão ser usados em caso de emergência;
  • Não existem caixotes do lixo durante o percurso, por isso se fizer lixo leve-o consigo durante todo o percurso e deposite-o numa das entradas/saídas. A limpeza e beleza do percurso depende de todos;
  • Não deixe crianças sem supervisão;
  • Levar muita água para beber ao longo do percurso e snacks proteícos e/ou açucarados e com alto indíce de glicémia, para possíveis baixas de açúcar no sangue repentinas.
Troço do caminho, Maio de 2016

Se pretender, onde posso obter informações mais detalhadas sobre a zona circundante?

Estou disponível para tirar qualquer dúvida. Se preferirem irem diretamente ao posto interativo, onde podem pedir também mais informações sobre pontos de interesse do Geoparque, estes são os contactos.

Loja Interativa de Turismo de Arouca
Rua Abel Botelho, n.º 4
4540-114 Arouca
turismo@aroucageopark.pt
(+351) 256 940 258

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