Percurso Pedestre – Explorar arriba praia da Fonte da Telha

Percurso Pedestre – Explorar arriba praia da Fonte da Telha

Foi no passado dia 18 de Maio que preparei a minha mochila, a minha roupa e calcei o meu calçado preferido, as minhas botas de caminhada.

Com a situação do covid-19, estava em casa desde o dia 11 de Março, o dia em que aterrei da África do Sul e fiquei em isolamento profilático por um período de 14 dias. Durante os dias e meses que se seguiram devo ter saído umas cinco vezes de casa, sempre de máscara e sempre para saídas indispensáveis, para ir ao supermercado e numa das vezes fui sentar-me na serra da Arrábida que tanta tranquilidade me dá, por uns minutos.

Desde os primeiros dias de Março que não caminhava, e eu adoro caminhar, adoro fazer pequenas rotas e explorar paisagens novas, mas o receio, a ansiedade e o medo demoviam-me de sair de casa para ir fazer o que chamaram durante a quarentena de “passeio higiénico”, e por isso os dias foram passando e fui ficando por casa.

Tinha prometido a mim mesma que durante o fim de semana iria caminhar, precisava de ir para um sítio no “meio do nada” e reencontrar-me. No entanto esteve um tempo muito solarengo no fim de semana e as ruas andavam atoladas de gente, adiei por isso para segunda feira, e no dia 18 lá fui eu.

Comecei a manhã por preparar a minha mochila, quer sejam caminhos pequenos ou grandes estes são os artigos obrigatórios que levo SEMPRE comigo, sobretudo em locais onde nunca estive e que não conheço as condições.

O que levei na mochila na minha caminhada

Aos artigos que levo sempre juntei desta vez uma máscara e alcool gel pois não sabia se me iria cruzar ou não com pessoas, e um mapa que deixei com a minha mãe para ela saber por onde eu ia andar, com três opções que tinha planeadas caso por algum motivo as anteriores não fossem possíveis.

Cheguei ao local por volta das 14h, e o dia estava quente, estacionei junto ao posto da GNR, num parque de estacionamento que existe mesmo ao lado e coloquei a mochila às costas.

Assim que atravessei a estrada e iniciei o meu percurso cruzei-me com um rapaz que amavelmente me disse bom dia, e seguiu o seu caminho. Deixei-o passar um pouco, pois não gosto de andar por estes locais sozinha, e entrar por mato a dentro com deconhecidos por perto, e passado um pouco fiz-me ao caminho.

Levei comigo o meu TOMTOM watch spark 3, foi um companheiro “do caraças” durante anos em que treinei para corridas, algo que deixei de fazer por causa do meu joelho. Estava parado desde 2017 e resolvi levá-lo para ter noção do caminho percorrido, quando voltar para trás e também ter a oportunidade de ter o percurso guardado para mostrar a outros, ou repetir.

O percurso que fiz encontra-se na imagem abaixo. Ficaram a faltar uns 600 metros, que é o espaço que compreende a bolinha vermelha (fim) da bolinha verde (início), uma vez que após esperar que o relógio apanha-se sinal de GPS, esqueci-me de ligar, tal era o entusiasmo de começar.

Este é o percurso que iniciando no posto de GNR, temos sempre o mar à nossa direita, existem vários nichos bem marcados, que nos levam a paisagens lindas na arriba, mas atenção que não existem barreiras de segurança.

Em relação ao terreno, o terreno é maioritariamente areia, género areia da praia, em alguns troços andar é demorado, pois o esforço é maior e há algumas subidas, no entanto, tal como disse nos stories que fiz na minha conta de instagram no dia, o truque é procurar as extremidadades do terrenho, locais de muita queda de caruma, que tornam o solo mais sólido, e por isso um andar mais fácil.

Um dos nichos com a árvore tombada onde dá para sentar e aproveitar a vista da praia lá em baixo.

A minha primeira hipótese era ir até à lagoa de Albufeira, queria muito ver a lagoa de cima, mas quando cheguei à Fonte da Telha, a estrada que dava acesso estava vedada pela protecção civil e ao fundo dessa estrada havia a base da NATO, que provavelmente me iria impedir de passar. Fiz por isso a terceira e última de hípotese de caminho que tinha planeado fazer, iniciar na GNR e ir até onde me fosse permitido. Enviei uma sms à minha mãe só a avisar da hipótese possível e segui.

Descobri logo nos primeiros metros que aquele percurso fazia parte do troço alternativo de uma Grande Rota, pois existiam marcas brancas e vermelhas em árvores e estacas. Podem saber tudo sobre pequenas, e grandes rotas no meu post AQUI.

Marca de Grande Rota

Percebi igualmente ao longo do percurso, que este seria também um ponto de passagem de um caminho para Fátima.

Fiz o percurso até ao fim, e mais ou menos ao km 1,800 encontrei uma placa que indicava um miradouro para a direita, e nessa placa tinha a numeração do miradouro, era GR11 – Caminho do Atlântico, a grande rota Europeia.

Miradouro

Exitia uma zona no miradouro que permitia ir até mais abaixo, mas a areia estava mesmo MUITO solta, a subida era quase vertical e não havia nada onde me agarrar, resolvi por isso não descer.

Quando cheguei à porta da base da NATO percebi que o caminho podia não ter continuidade, mas existia uma placa que falava sobre o percurso, perdi algum tempo a ler algumas informações e vi outra placa que indicava que naquela direcção iria para Sesimbra. Andei cerca de 1km, esta zona o solo tinha muita areia solta, e cheguei a uma passagem que daria entrada à Herdade da Apostiça, mas não vi qualquer marca, e parecia-me ser um caminho privado, por isso voltei para trás.

Placa informativa do percurso GR11

Queria ir a um sítio onde não ia à uns 3 anos, a torre de controlo florestal, mas pela estrada ia perder a vista, e estava IMENSO calor, e eu já escorria água por todo o lado. Voltei por isso a entrar pela Mata, e fiz o caminho até onde julgava mais ou menos que seria a entrada da torre. Apercebi-me que tinha saído uns metros depois, por isso voltei para trás pela estrada e iniciei a subida.

Estava como me lembro dela, mas agora com arame farpado a cobrir a torre, provavelmente para que curiosos não subissem até lá acima.

As fotografias não lhe fazem juz, porque não dava para tirar de cima da zona em que vemos um manto inacreditável de pinheiros de perder de vista.

Fiquei ali uns minutos a tirar algumas fotografias, a apreciar e a beber água. Tinha planeado parar e comer uma barrinha, mas não havia sombras que me permitissem aprecisar a vista por isso após uns minutos de comtemplação, voltei para trás.

Tornei a entrar na Mata para evitar o sol, e cheguei ao carro uns minutos depois.

Adorava ter feito mais tempo, mas infelizmente as dores estavam a dar cabo de mim. Estar em casa durante quase 3 meses em que o mais que andamos é para mudar de um sofá para outro, fazem estragos *risos* e tinha feito uma queimadura por fricção nas pernas que estava mesmo muito feia, por isso já não seria prazeroso o caminho.

Download do ficheiro do percurso em formato KML para usar com a app do Google Eath
Download do ficheiro do percurso em formato GPX para usar com smarthphones e gps pedonais

Terminei o passeio com uma ida a um dos meus bares preferidos na Fonte da Telha, o Kailua. São um dos pontos de venda de uma das minhas marcas de gelado preferidas, os FINI. Uma marca Portuguesa de fabrico artesenal. Os meus sabores preferidos são maracujá com chocolate branco , e morango.

Tinha feito um video sobre este percurso mas infelizmente perdi os primeiros videos, por isso decidi que não fazia muito sentido editá-lo.

Obrigada por leres este post!

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