Percurso pedestre – Pela Serra de Sintra

Percurso pedestre – Pela Serra de Sintra

O trilho que apresento hoje é um trilho não sinalizado, para o percorrer é necessário ter acesso a um GPS (de trekking), ou uma app do género do Wikilok.

Fi-lo por sugestão de uma caminhante incrível, e que devem seguir no intagram @raparigacaminhante.

Este trilho passa sobretudo por paisagens naturais, monumentos do megalitismo e religiosos, vamos a isto?

O que precisa de saber antes de ir:

  • Este é um trilho não sinalizado, no entanto cruza-se com mais de 4 pequenas rotas, não as siga, algumas vão em direcções diferentes;
  • Descarregue os mapas offline da zona, há muitos locais onde não há sinal de rede;
  • Não adequado a fazer com crianças;
  • É imperativo levar calçado adequado a percursos longos em serra/montanha;
  • Se não tiver aptência física, não faça este trilho;
  • Recomendado para experientes na elaboração de trilhos não sinalizados;
  • O percurso passa por trilhos de downhill, por isso é imperativo que não o faça a ouvir música ou de phones, para que possa ouvir outros desportistas a aproximar-se;
  • Se necessitar de se “aliviar” leve sempre consigo um saco de plástico ou papel e recolha o seu lixo. Não deixe papel higiénico, lenços, máscaras e luvas na natureza, a Serra está coberta de papel e máscaras em todo o lado, e é muito triste e nada agradável. Se puder colher outro lixo que encontrar, ainda melhor;
  • Respeite as regras gerais e de boa conduta de parque naturais, não colha vegetação, não enxote ou capture animais;
  • Use roupas com cores fortes para que seja visto, na serra estão constantemente a realizar trabalhos de limpeza de vias, e é importante que seja notado;
  • No Verão use protetor solar pois o percurso é totalmente exposto, à excepção da passagem em 2 bosques;
  • No Inverno leve um impermeável e um corta vento para se proteger;
  • Não construa mariolas, estas constribuem para que outros caminhantes se percam e destroem o habitat de animais ao movimentar rochas;
  • Se estiver a chover ou nevoeiro, e for a primeira vez que vai a este miradouro, não faça o percurso, o tempo na serra muda em minutos, e se ficar nevoeiro, poderá deixar de ver o caminho, resultando em acidentes.

Qual a melhor altura para realizar este trilho?

No meu ponto de vista, a melhor altura para realizar este trilho é no Outono e Primavera, em que as temperaturas estão mais amenas. Realizei-o quase no fim de Novembro e apanhei um dia muito atipíco no Parque Natural de Sintra-Cascais, estava muito calor e isso acabou por aumentar a fadiga.

No Inverno não o recomendo uma vez que o micro clima de Sintra, faz muitas vezes com que o nevoeiro surja sem pré aviso, tornando difícil ver o caminho. Devido também a troços com descidas muito acentuadas, em dias de muita chuva, pode gerar acidentes.

No Verão, a serra está frequentemente encerrada pelo risco elevado de incêndio, dessa forma não será possível chegar até ao ponto de início, não obstante, também não será prazeroso, pois o percurso é mesmo muito exposto ao sol.

Características do percurso

O percurso é circular, são cerca de 18,500km de extensão. O percurso inicia-se na barragem do Rio Mula, mas irei explicar em maior pormenor, no ponto abaixo.

Este é um NÃO percurso sinalizado.

O percurso tem alguns desníveis mas alguns acentuados, troços com algumas pedras soltas, e tem zonas de escorrências de água, que resultam em algumas depressões no terreno, que devem ser atravessadas com todo o cuidado, sobretudo nos pontos em que estamos a descer e em que o terreno está molhado.

A dificuldade é de nível dificíl, no entanto este é para mim um ponto extremamente sensível, uma vez que o nível vai sempre depender, da experiência de cada atleta, da condição física, e do estado do tempo, no entanto devido à extensão, e ao desnível acumulado, eu classifico-o como dificíl.

O meu registo do percurso encontra-se abaixo, assim como o registo do perfil altimétrico.

Em relação à duração do percurso, esta é mesmo muito variável, no entanto eu demorei cerca de 5h54min.

O que levar neste percurso?

Para toda e qualquer caminhada, quer seja curta ou longa eu levo sempre os mesmos artigos que constam numa lista que podem ler por AQUI. Com estes artigos comigo, estou sempre pronta, para toda e qualquer eventualidade, no entanto é muito importante levar muita água, eu levei 1,5L e não foi suficiente.

Deixo um vídeo abaixo do que levo para TODAS as caminhadas.

Qual é o ponto de início do percurso?

O percurso inicia-se na barragem (ou albufeira) do Rio Mula. Poderá colocar as coordenadas geográficas para lá chegar , Lat: 38°45’49.8″N Long: 9°25’19.8″W, ou se preferir, pode usar o google maps colocando na pesquisa “Barragem do rio Mula”, clicando posteriormente em “seguir direções”.

Estacione ordeiramente junto à lagoa, de preferência junto ao muro e escadas que lhe permitirão ver a barragem, prepare a sua mochila e siga caminho.

O percurso do início ao fim

A forma mais fácil de ver todas as especificidades do percurso, é aceder ao meu link do wikilok, uma vez que em cada ponto específico, eu tirei uma fotografia, para perceber alterações no terreno, paisagens, ou interseções, ver AQUI. O uso do wikilok para ver percursos é gratuito, no entanto para o usar offline, é necessário pagar uma anuidade de 10€/ano, o que é uma bagatela, para quem adora caminhar. É obrigatório descarregar o percurso para que possa ser usado em modo offline, não há rede em grande parte da serra.

Após estacionar-mos junto à barragem, se estivermos de frente para as escadas de acesso da barragem, viramo-nos para a esquerda, e iniciamos a subida que nos levará à primeira vista incrível deste percurso.

Após o terreno começar a ficar mais nivelado, passamos pelo campo base da Pedra Amarela, um parque aventura com imensas atividades para todas as idades. No entanto, quando estamos a chegar às casas de banho portáteis (as únicas que veremos o caminho todo), vamos virar à esquerda e fazer uma subida entre um bosque um bocadinho apertado, para chegarmos ao nosso primeiro miradouro.

Este miradouro é lindo, é apenas um monte de pedras empilhadas pela natureza, mas tem uma vista sobre a linha do mar, lindissíma. Descemos de volta, para seguirmos caminho por um estradão de terra, que terá algumas subidas até ao nosso ponto seguinte.

Encontrei uma vista incrível a meio de uma das subidas. Sentei-me para recuperar fôlego, sentando-me numa rocha bem grande a inspirar devagarinho.

Subimos mais um pouco e vamos chegar ao posto de vigia, e miradouro da pedra amarela, onde temos mais um vislumbre, com alguma rotação , do mar no horizonte.

Voltamos um bocadinho para trás, descemos um pouco e seguimos caminho, durante o caminho passamos por alguns bosques que convidam a demorar, devido ao fresquinho em dias quentes. É necessário passar por vários portões que o ICNF e o Parque de Sintra-Cascais criou para impedir que civis passem nessas estradas com veiculos motorizados. Precisamos apenas de contornar pela direita, e seguir caminho (foto abaixo).

Passamos agora por um bosque bastante arborizado e fresco, que ajuda o corpo a arrefer um pouco.

Seguimos agora para uma subida um bocadinho exposta ao sol, que nos levará a um dos ex-libris de Sintra, o Santuário da Peninha. Aqui demorei algum tempo, para apreciar a vista, e almoçar com calma, antes de seguir caminho, uma vez que quando cheguei ao santuário, já tinha percorrido aproximadamente 8 km.

Fiquei surprendida com os upgrades que foram feitos nesta zona. Lembro-me que há coisa de 2 anos fui lá em trabalho e o terreno era estradão, a subida era íngreme e no inverno era muito chato porque escorria água. Atualmente tem um portão para impedir os veículos de todo o terreno que faziam a subida, subirem, e tem um portão apenas para acesso pedonal (fotos acima)

Vamos agora em direção ao borque do silêncio… passaremos por um percurso marcado, que nos dita o caminho até à Anta de Adrenunes, o ponto seguinte. Atravessamos o borque fresco e silencioso, para recuperar forças. É sempre a descer. Até que passamos por uma zona de estradão tão silenciosa, que nem parece que estamos em Sintra, a serra sempre cheia de pessoas.

Seguimos em frente, pelo estradão de terra escura, e passamos por diferentes escossistemas. Até que chegamos a uma interseção, que nos indica o caminho até à Anta de Adrenunes. O início do caminho é largo, mas depois afunila mesmo muito, e é necessário passar por cima e por baixo de árvores caídas.

Cheguei à Anta, e infelizmente não subi, pois tinha muita gente, e em período de pandemia, as pessoas não estavam a usar máscara, mesmo estando lá grupos diferentes, por isso acabei por voltar para trás. É um monumento do megalitismo, trate-o com cuidado.

Anta Adrenunes

O caminho de volta é o mesmo, e vamos agora andar numa zona calma, até que nos cruzamos com mais um portão, e desta vez, teremos que caminhar mesmo na estrada alcatroada. Faça-o com percaussão. Super importante usar cores vivas nestas zonas.

Passado algum tempo, voltamos ao estradão, e fazemos uma curta paragem nas “duas irmãs” e no marco geodésico do Monge.

Após seguir caminho nesta zona, perdi-me um pouco, e comecei a descer, mas percebi que não era o caminho, uma vez que descida tinha que ser feita em direção ao Bosque encantado. Mais um bosque muito silencioso e fresco. Muito cuidado aqui, as descidas são acentuadas, e este é um trilho partilhado com o downhill. Por norma eles não são muito sonoros, e ia levando com uma bicicleta em cima, porque o rapaz não usou a buzina, ou falou. Mesmo não estando a ouvir música, é perigoso, porque eles vêm muito rápido.

Estamos a chegar ao fim do nosso percurso, já só faltam mais ou menos 4km, esta parte final não tem muito interesse, é apenas um estradão, sempre a descer que mói os joelhos, já moídos do percurso. Irá levar-nos de volta ao local onde estacionámos, mas numa perspetiva contrária, a barragem do Rio Mula.

Se ainda tiver energia, poderá apanhar o percurso sinalizado das Pontes, é muito bonito, eu infelizmente não tinha nem energia, já não caminhava há algum tempo, e estava completamente exausta e com dores, no entanto o terreno na altura não estava em condições. Poderá consultar o percurso AQUI. Tem a extenão de mais ou menos 1,5km, e na realidade não acrescenta km’s ao percurso que apresentei anteriormente, pois a variável que fiz foi paralela ao mesmo .

Onde ficar alojado em Sintra?

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Obrigada por teres lindo este artigo, se gostaste, coloca like, comenta e partilha! Ainda esta semana sairá vídeo sobre este percurso!

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