Freestyle – Percurso do Cabo da Roca a Almoçageme
O Cabo da Roca é um local incrível, que partilha arribas com praias mágicas e que durante muitos anos não foram acessíveis ao comum dos mortais, apenas a pescadores. Começam agora a ser acessíveis pelos destemidos.
Este percurso pretendia ser uma adaptação de parte do PR7 SNT – Cabo da Roca , mas acabou por mudar de rumo, vou contar-te tudo, vamos a isto?
Como chegar ao Cabo da Roca?
Para chegar ao Cabo da Roca, pode optar por uma de duas hipóteses, coordenadas gps, que são as seguintes , N 38º46’51”, W 9º30’2″ ou colocar no google “Cabo da Roca” e clicar em “direcções” para que o google maps determine o caminho até lá a partir do seu ponto de origem.
Onde ficar para visitar o Cabo da Rocha?
Dependendo do seu local de residência, pode optar por fazer uma escapadinha de um dia, ou ficar alojado num Hotel, alojamento local ou outro. Deixo-lhe alguns descontos que pode usar para marcar a sua escapadinha.
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Qual a melhor altura do ano para visitar o Cabo da Roca?
O Cabo da Roca é local de acesso público e está por isso aberto 24h/7D.
Não há uma altura perfeita para visitar o Cabo da Roca, uma vez que cada estação tem a sua magia especial, no entanto para mim há horas do dia com maior impacto, o nascer e o pôr do sol
Quanto custa?
Visitar o Cabo é gratuito, no entanto se desejar um certificado de visita, este tem um custo e pode ser consultado AQUI.
Atividades possíveis de realizar no Cabo da Roca
O Cabo da Roca tem ao seu redor imensos trilhos que podem ser realizados, a grande maioria deles não marcados, e um oficial, o PR7 SNT – Cabo da Roca.
No entanto é igualmente um espaço ideal para atividades como escalada (praia da Ursa), trail running, btt, etc.
Existem ao redor desta área também vários sítios a visitar, para os quais deixo sugestões de Tours, que podem ser consultadas AQUI.
Junto ao Cabo, existe um centro de turismo, por isso poderá pedir algumas informações no local.
O que levar na mochila para uma caminhada?
Fiz um vídeo para tornar mais fácil a visualização da pergunta que mais me fazem, uma vez que 99% das vezes, caminho sozinha. Clica em play e assiste.
Sobre o percurso pedestre que realizei
Registo do perfil altimétrico e distância
Fiz o registo do percurso com dois dispositivos, com o meu relógio Tomtom, que faz o mapeamento do movimento e ritmo, mas não o perfil altimétrico, e a app Wikilok, que comecei a usar recentemente. Deixo abaixo ambos os registos.
O pecurso
Percurso de aproximadamentee 11 km, linear, de grau fácil a moderado.
Iniciamos o percurso no Cabo da Roca. Estacionamos junto ao posto de turismo, e seguimos até à barreira de madeira que protege a arriba de derrocadas.
ATENÇÃO: Se preferir ver as fotografias em cada ponto específico, consulte a minha gravação no wikilok, e as bandeirinhas, indicarão o local exato onde foi tirada a fotografia. Poderá ver AQUI.
Aproveitamos aquele ar puro e energia contagiante. Nesta zona, em período de pandemia o uso de máscara é altamente recomendado, uma vez que este local é extremamente visitado.
Voltamos para o local onde viemos e junto ao ponto de turismo, encontramos a primeira placa de indicação de direção do PR7 SNT- Cabo da Roca.
O meu objetivo neste dia não era fazer este percurso, uma vez que ele fazia o percurso fora da zona da costa, e eu queria ir sempre junto à costa. Por isso a meio caminho, cortei à esquerda, e segui os carreiros de pé posto.
Por este caminho encontrei o primeiro veslumbre de uma praia lindissíma, e fiquei ali a apreciar a vista durante algum tempo.
Muito cuidado nesta zona, pois é uma zona ventosa e sem proteção nas arribas, é importante ter experiência para ir para estas zonas.
Seguimos caminho em frente, até chegarmos a mais uma vista incrível para a Praia da Ursa, uma praia selvagem, que tem vindo a ser falada nos últimos anos, por ter muito pouca gente, devido ao seu acesso muito difícil e perigoso. Já estive o prazer de lá estar em aulas de escalada, e incrível é um facto, no entanto se não tem experiência, não o faça.
Existem trilhos, que ligam ao vale da frente, mas infelizmente o facto de me ter esquecido dos bastões, de estar sozinha e do estado da descida, acabou por me levar a voltar para trás, e tentei seguir pela estrada, aproveitando a próxima interseção à esquerda.
Esta volta culminou num local sem saída, que parecia ter um trilho para descer, mas igualmente perigoso. Este vale é paralelo ao interior, na fotografia acima, na zona sombreada à esquerda, é o local onde estava anteriormente. Resolvi por isso mais uma vez voltar para trás e seguir realmente pelo caminho que seria “suposto” pelo PR7 SNT – Cabo da Roca.
O percurso nesta zona não tem qualquer interesse, é um estradão ladeado por locais abandonados e sem visibilidade para o mar. As marcações nesta zona são boas e é fácil seguir o caminho. Cruzamo-nos com uma placa que diz que estamos na rota do Atlântico.
Começamos a ver o vislumbre do mar no horizonte, e chegamos a uma zona onde a vista é incrível. Perdi alguns minutos aqui, antes de seguir em frente em direção ao Fojo da Adraga.
Nesta zona não existe proteção das arribas, muito cuidado, não caminhe nas beiras, sob a pena de cair. Seguimos mais uns metros até chegarmos ao Fojo da Adraga.
Chegamos ao Fojo da Adraga, um local ladeado por uma estrutura de madeira onde vivem algumas colónias de morcegos cavernícolas. Atualmente não é possível ver o mar no interior, mas antes era possível ver , subindo a uma gaiola de ferro que foi colocada no local, mas que agora se encontra proibida de utilizar, devido ao perigo de derrocada de pedras.
Se continuassemos em frente, teríamos supostamente uma descida que daria à Praia do Cavalo, no entanto desta vez a vegetação estava muito densa, e o caminho perigoso, por isso vi apenas a praia de cima, e voltei para trás, pelo caminho de estradão.
Cruzamo-nos agora com a estrada da Adraga, a estrada que termina numa praia, ainda que vamos em sentido contrário. Espera-nos uma longa e íngreme subida em estrada, muitas vezes sem berma. Este troço é perigoso, faça questão de ser visto.
Por fim chegamos a Almoçageme, infelizmente torci o pé numa vala, e não consegui caminhar em direção ao Cabo Espichel, para fechar o percurso. Por isso este trilho termina aqui. No entanto o meu objetivo inicial era ver o pôr do Sol no Cabo, e acabei por o perder, no entanto vi ainda o terminar da mudança de cor no céu, e o farol aceso, acabou por valer a pena.
E assim termina o passeio por este local fantástico. Visitem-no porque vale mesmo muito a pena, seja para fazer qualquer que seja a atividade.
Termina aqui este artigo sobre este local fantástico que merece mesmo a vossa visita. Num ano atípico em que começamos a beneficiar o que é nosso, fica aqui uma excelente sugestão de local a visitar, e que alia o desporto, o contato seguro com a natureza, a biodiversidade e o nosso património sociocultural.
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